quinta-feira, 18 de julho de 2019

De olhos abertos

Quem assistiu aos discursos de posse do Presidente Bossonaro, se de olhos fechados estivesse, acreditaria estar ouvindo Churchill falando os ingleses - líder dotado de personalidade forte e de marcante coerência conceitual . Ao exemplo dele, Bolsonaro se expressou como quem sabe o que quer e sabe querer.

Entretanto, esta impressão não foi compartilhado pela imprensa ( mesmo as menos preconceituosas a ele ) ignorou o valor da coerência e a coragem de reafirmar as suas propostas de governo, sem a preocupação de agradar. Segundo a media, o discurso que ganha eleição não deve ser o mesmo para governar. Gostariam, segundo suponho, que as promessas de campanha tivessem sido somente para angariar votos.

Talvez tivessem alimentada a ilusão de que o Presidente Bolsonaro, votos contados, ignoraria ter sido eleito para salvar o Brasil do caminho do socialismo e que o mérito e não o coitadismo se tornassem a régua de premiação ao estudo, ao trabalho , à honestidade e à poupança. Aí a decepção! Em vez de um deixa pra lá, como se promessa não fosse dívida, ouviram um político reafirmando com ênfase as suas propostas sem medo e com a coerência de quem fala com responsabilidade e domínio conceitual.

Estavam enganados . Foi esta coragem e coerência que venceu as eleições e o fazem hoje merecer a esperança da maioria da nação. Nada mais natural! Pois, como confiar em alguém incoerente? Como apostar em quem não defende as suas ideias de peito aberto? Não foi a coerência de Churchill que lhe garantiu o apoio dos londrinos mesmo só tendo como proposta : “sangue,suor e lágrimas”? não foi a sua pregação de “ser a coragem a primeira das virtudes, pois sem ela nenhuma outra sobreviveria” ? Não foi a sua demonização do nazismo ,resultado de duas desgraças: o nacionalismo e o socialismo , que salvaram a humanidade do caminho da servidão - vislumbrado por Hayek?

Felizmente, de olhos abertos vi não ser Churchill , mas um presidente eleito com meu voto, propondo, sem luvas de pelicas, livrar o Brasil do caminho do nacional-socialismo, da corrupção e do burocratismo que fizeram do elogio à ignorância uma virtude e do mérito um pecado da ganância.

Jorge Simeira Jacob


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