segunda-feira, 29 de abril de 2024

 Os filhos do  Apocalipse 


Há coisa de 14 bilhões de anos um Big Bang, A Grande Explosão,  deu origem ao universo. Foi o nascimento do cosmos. Atualmente, entre os astros estão os buracos negros , Black Holes, como resultado de estrelas extintas , cuja força gravitacional impede mesmo a luz de escapar deles.  Assim explica a ciência. Na Terra os animais, efeito da evolução das espécies, só surgiu há ( pouco tempo )  4,5 milhões de anos. 


As unidades  universais têm limites inimagináveis de tempo, não têm pressa. Elas acontecem em milhões ou bilhões de anos.

Nesse  contexto sobrevive a natureza  em permanente processo de evolução/adaptação . Segundo registros,  a Terra já enfrentou fases de muito frio e/ou muito calor. O que permite pensar : - Se estaríamos agora diante outra dessas fases -  Se o aquecimento que estamos constatando será superado com menor emissão de gás carbônico ou haverá uma adaptação natural.  Que não necessariamente seria favorável à espécie humana.


A verdade é que o nosso mundo permanece , como sempre aconteceu, em constante mudança. Segundo Einstein, o universo continua expandindo-se. Até onde irá? Até aqui ele tem se adaptado às mudanças.  Continuara adaptando-se infinitamente ou em determinado momento a natureza entrará em colapso? 


Os termos ciclópicos em que se mede a vida dos astros dificultam prever um fim do mundo físico  como o conhecemos. Haverá uma força que retrairá todo o universo de volta a um possível  buraco negro  ?  O que seria o fim do fim. Ou a Terra se adapta  - com ou sem a  espécie humana ? No longo prazo a  perspectiva seria um mundo sem vida animal. Foi assim   antes do surgimento da vida na Terra.


Em contraponto à ciência, a Bíblia judaica-cristã anuncia, em algum momento,  um fim dos tempos para os humanos, seria o Apocalipse. Entretanto não se atreve a prever a descontinuidade dos corpos celestes. Acabaria a experiência dos humanos, mas não a do universo. Nem especula, o que seria razoável, em uma segunda experiência divina criando outra geração a partir de outros Adões e Evas na Terra. A não repetição da aventura humana na Terra não tiraria proveito da experiência. Por que esse Deus ( se existe ) se satisfaria com uma tentativa - diga-se de passagem, fracassada?





Diz o Velho Testamento que após o Apocalipse  se seguiria : ” A segunda Vinda de Jesus Cristo, após os acontecimentos da Grande Tribulação, a Bíblia nos diz que a terra, os astros e as estrelas sofrerão alterações. É o prenúncio último da segunda vinda de Cristo. O mundo cósmico será abalado perante a chegada gloriosa do Senhor Jesus Cristo”.


Entretanto nem o Velho e nem o Novo Testamento deixam claro o fim do universo . Falam  em transformações que o faria irreconhecível, mas não na sua extinção. Cabe , pois, acreditar que em bilhões de anos se repita uma evolução das espécies e um outro tipo de ser humano se desenvolva. Certamente não seria herdeiro de outros Adões e Evas, pois estaria dada por terminada a história humana, segundo a Bíblia. O que se seguiria seria o surgimento de seres humanos realizados pela evolução e adaptação natural.Seriam filhos do Apocalipse. 


Sao Paulo, 28 de fevereiro de 2024

Jorge Wilson Simeira Jacob




domingo, 28 de abril de 2024

 






Passagens.


A vida é uma sucessão de eventos, alguns  tão marcantes, que nos emocionam. Quem não se impressionou com o primeiro bigode, a primeira menstruação? Temos frio na espinha ao tirar a carteira de motorista, ao debutar aos quinze anos, à  chegado dos primeiros cabelos brancos. Estes eventos são passagens de uma fase a outra. Aos trinta anos sentimos o distanciamento da juventude, aos 50 começamos a encarar o envelhecimento. Algumas das passagens  nos emocionam positivamente outras não.


Privilegiado por uma longa vida vivenciei a maioria das  passagens. E todas deixaram a sua marca. Agora em que atravessei a barreira dos noventa anos, dei-me com o sentimento de ter mais anos no passado e muitos poucos no futuro. Poucas coisas que plantar posso esperar colher. O tempo ficou meu inimigo. A impotência física e mental marca a sua presença. O meu fôlego é curto, as pernas são fracas, a memória falha às vezes …. e poucos são os meus desejos. 


A vida é  uma grande ilusão e sem ela o que nos resta é uma tendência muito forte à acomodação. Sem ilusões de amor e sonhos de glória a alma perde vida. Se aos 21 anos olhamos o futuro carregados de esperança, aos noventa o que mais temos presente são os fatos passados.  


Nessa passagem , ruminamos os erros cometidos, as oportunidades perdidas, vemo-nos mais voltamos ao passado,  as amizades negligenciadas, os familiares esquecidos,  os amores não correspondidos. A solidão torna-se uma companhia constante. Quase todos os amigos se foram. Os noventa anos é um marco de passagem muito forte. Há a consciência de se estar iniciando o começo do fim.Somos o último do batalhão.


Em uma carinhosa comemoração — comemorando não sei bem o quê — aos ver as velinhas acessas, onde havia mais velinhas do que bolo, ocorreu-me simbolicamente que apagá-las correspondia  a apagar o  passado e dar início a uma nova vida. Seria pretender a ressureição. Foi  um marco na minha vida, uma das minhas últimas passagens.




Entretanto, no meu íntimo, prevalece a determinação de não apagar o meu passado. Relembro com humildade  todos os meus acertos e os meus erros. São peças do meu quebra-cabeça. Ao contrário, senti ser aquele momento para  reforçar a lembrança do que melhor aconteceu na minha vida, que é esta  família ampliada — os parentes de sangue e de afinidade, que são os meus amigos.


Como órfão de pai e mãe e separado dos meus irmãos , Caio e Ana, descobri logo cedo a real importância de ter uma família. Sentia a falta dela para ser feliz. Foi assim que tive a felicidade de encontrar os amores da minha vida - a Aneliz e os meus filhos e netos. Preenchi com esta dadiva o vazio da minha orfandade.


Aprendi mais — a ver em  cada amigo, que correspondia à minha dedicação,  o sentimento de fazerem parte da minha  família. Por isto hoje como sempre eu os valorizo. Eles     são parte da minha felicidade.


Quando, daqui há 10 anos, estiver comemorando  o meu centenário, pretendo declarar que o legado da minha vida não foram os poucos bens materiais que acumulei, não foi a vida que vivi, mas uma verdadeira relação familiar — aquela que vê  tudo com   amor, onde os acertos são exaltados e os erros  perdoados.  


São Paulo, 16 de abril de 2024.

Jorge Wilson Simeira Jacob




domingo, 21 de abril de 2024

 A inveja virtuosa



É parte da natureza humana os Sete Pecados Capitais:  avareza, gula, inveja, ira, luxúria, preguiça e soberba. Todos nós estamos sujeitos a estas tentações. Elas são  tão inerentes à nossa constituição que podem ser generalizadas.  Um ser normal tem dentro de si os elementos fundamentais destes sentimentos. O que pode alterar é a dosagem. Uns são mais … outros são menos pecadores. Os “mais”, os  exacerbados,  constituem uma anormalidade e por isto sao classificados como  psicologicamente desequilibrados. Os “menos” são tidos como virtuosos.



Ainda que divirjam nas dosagens, todos esses pecados  causam males a outros ou a si mesmo. Alguns afetam mais profundamente o seu portador como a gula, por exemplo  Já um ciúme doentio interfere no relacionamento entre os envolvidos. Cada um deles tem as suas consequências. De todos, porém, é a inveja o que escreveu  os piores capítulos da história. Segundo a Bíblia, Caim matou o irmão Abel por inveja. 


A inveja vai ser destacada neste artigo por ser, talvez,  dos pecados capitais, o que mais males causou à humanidade. Guerras entre nações, lutas entre diferentes pessoas, rixas familiares tiveram como estopim  a inveja.  As causas da inveja são incontáveis .


A origem da nossa inveja vem da  somatória da nossa genética com a nossa educação. Há pessoas que ( parece ) já nascem invejosas. Outras desenvolvem  este sentimento no convívio familiar e na sociedade. Todo o processo educativo na formação das personalidades  - em casa e na rua - está baseado em uma competitividade que pode estimular a inveja. 


Os educadores idolatram os vencedores, estimulando a competição. Além de que a nossa vida nos coloca com frequência em situações  competitivas. Competimos nos estudos, nos esportes, pela namorada, pelo emprego…e , portanto, criando ambiente para a inveja, em nós ou nos outros.



No jogo da vida  os  vencedores e os vencidos  podem desenvolver complexos — de superioridade ou inferioridade. O sentimento da inveja tem muito a ver com estes  possíveis complexos . Os que são sempre vencidos tendem  à amargura da inferioridade. Os sempre vencedores, ao complexo de superioridade, que é um passo para a soberba , o outro dos pecados capitais.


Ainda que intuitivamente os líderes fazem uso das nossas fraquezas, das tentações ao pecado, para a sua política de liderança. Eles conhecem bem a natureza psicológica das massas. Sabem o poder da inveja. Daí é um pulo para exploração deste que é  o pior dos nossos instintos — a  inveja. Injetam-na veia da  grande massa contra os bem sucedidos na vida. Posicionam-se, para sedução dos eleitores,  como aqueles que reduzirão  a distância deles  dos melhores sucedidos sócio e economicamente. Adotam o  “nós”  contra  “eles” como slogan. 


A luta de classes, que  Marx via como a causa de todos os males do mundo, eliminada,  acabaria com as desigualdades. Em não havendo desiguais estaria sepultado o pecado da inveja sob o ponto de vista sócio-econômico. Portanto, os demagogos, seguindo a cartilha do marxismo, não perdem a oportunidade de apontar as desigualdades existentes. Ainda que na prática foram os praticantes do marxismo que criaram mais desigualdades do que os sistemas que criticam. O socialismo é uma  ideologia que se alimenta da inveja.


A inveja, portanto, tornou-se a principal arma dos populistas para vencer as eleições. Nenhum tema é mais acariciado pelos socialistas como apontar para a desigualdade econômica. Quando de fato de que o que deveria ser tratado com especial carinho é a eliminação da pobreza. O mal é a pobreza e não a desigualdade. E não se elimina a pobreza desestimulando o sucesso.O bem sucedido, se baseada no mérito , deve merecer a nossa  admiração e não a inveja. 


A inveja virtuosa é a de não se ser invejoso do mérito alheio.


São Paulo, 06 de fevereiro de 2024

Jorge Wilson Simeira Jacob




domingo, 14 de abril de 2024

 O maior espetáculo da terra


A Paramount Pictures, em 1952,  produziu o filme " O Maior Espetáculo da Terra" — um espetáculo deslumbrante da vida nos bastidores com o Ringling Bros-Barnum and Bailey Circus. Que celebra o extravagante circo com três picadeiros e retrata as cenas apaixonadas de amor e ciúme. Uma película que romanceia   as entranhas da vida em um circo. 


O circo que serviu de referência era o Ringlinds and Barnum,  o mais importante circo do mundo. Em uma época em que o cinema engatinhava, os espetáculos circenses atraiam as multidões. No seu auge o Ringlings Bros tinham 3,5 milhões de espectadores ano. A importância do circo era tamanha que , quando se exibiam nas cidades, as escolas e as empresas davam feriado para permitir os seus alunos e funcionários a assistir as sessões.


Os irmãos Ringlings, de origem modesta no middlewest, começam como uma dupla de palhaços e construíram um império. O líder deles John foi um gigante para a época —  fisicamente, 6,1 pés de altura ( 1,85 mts. )  e empresarialmente um dos maiores magnatas dos Estados Unidos. Nos  anos 1920 a 1930, John possuía a 17* fortuna do pais.  John chegou a participar de 35 empresas. A partir do circo, ele investiu em petróleo, banco, hotéis, ferrovias e imoveis. Chegou a ser proprietário da maior parte dos terrenos de Sarasota. Nos últimos anos da sua vida dedicou-se a colecionar  obras de arte. 


De todos os seus empreendimentos destaca-se o circo. Era um verdadeiro exercito a ser deslocado de cidade a cidade. O seu quadro tinha 1.900 figurantes, centenas de animais e toda uma retarguarda logística. A troupe era precedida da equipe de montagem das tendas. Na madrugada começavam a preparar as três refeições diária a serem servidas ao pessoal. O desafio de alimentar e acomodar os humanos e os animais era sobre-humano.


O Circo Ringling tinha um trem próprio para transporte do pessoal e material para montar as tendas. A principal tinha capacidade para sentar 14.000 espectadores, que assistiam a três picadeiros. Havia tendas para dormitório e recreação. Era uma cidade montada em lona.


Certamente o publico não se dava conta do extraordinário trabalho para selecionar os artistas, organizar as apresentações, cuidar dos equipamentos, dos vestimentos e de administrar as relações humanas. Na verdade o maior espetáculo era o  da competência, a genialidade do John Ringling .


No ano de 1927 , John transferiu a base do circo para Sarasota, Florida, onde havia construído uma residência de verão em estilo veneziano — Cá d’Zan ( casa de John em dialeto veneziano). Junto da  casa , John e Mable, sua esposa, construíram um museu com o objetivo de perpetuar os seus  nomes. O terreno à beira mar tinha 66 acres ( 264.000 metros quadrados ).


O museu John and Mable Ringing só é menor em tamanho e importância  ao Metropolitan Museu de Nova York, cujo diretor A.H. Mayor  escreveu: “ provavelmente nenhuma coleção  fora da Europa dá uma tão rica ideia do gosto de 1600 a 1800 ao expor tão grandes trabalhos  de tão importantes artistas. “.  


Durante anos John dedicou-se a comprar os grandes.  Rubens, Ticiano, Velásquez, Tintureto e centena de outros podem ser vistos no museu. De Rubens estão expostas cinco  tapeçarias das sete que produziu. Uma  visita superficial dura duas horas. 


Adjacente ao Museu de arte existe um museu do circo — o maior do mundo. Uma visita de uma hora dá a dimensão e imponência do empreendimento. Miniaturas das composições de trens para transporte do circo, as maquetes das enormes tendas para alojamento do pessoal e acomodação do enorme público estão na exibição. Inclusive uma réplica do vagão especial reservado ao John e Mable, que acompanhavam o circo.


Uma visita a agradável e  bonita Sarasota não se completa sem conhecer o sítio dos museus e da residência de verão do casal Ringling. Entretanto é tão rica a história desse magnata visionário que se faz necessário a leitura do livro, David C. Weeks,  edição em inglês,”   Ringling, The Flórida Years “, Amazon, R$294, 350 pg.  Uma viagem de Miami a Sarasota dura 3 horas de automóvel e de Orlando 1,30 horas. Vale a pena. 


Na introdução do livro, Raymond Arsenault, professor das Universidade of South Florida , define a personalize incomum de John Ringling : “Aqui está um homen que não tinha medo de pensar e viver em grande escala, que sabia o que queria da vida e da arte”. John viveu nos seus tempos de glória como um príncipe. Exibia a sua riqueza vivendo como grande milionário que era. 


Como todos os empreendedores que ousam ultrapassar os limites do possível, ele foi pego no contrapé. A crise de 1929 e a perda de interesse pelo circo, substituído pelo cinema, a morte dos irmãos e importantes funcionários, foram golpes que liquidaram a prosperidade dos Ringlings. 


John Ringling, o último dos irmãos a morrer, faleceu em Nova York em 1936, deixando na sua conta bancária o ridículo saldo de US$311,00. Nasceu pobre, viveu como um príncipe e morreu pobre, mas deixou como legado uma história de grandeza equiparada a dos maiores pioneiros americanos. O Museu John and Mable Ringling testemunha a grande contribuição que legou com a sua história. 


O maior espetáculo da terra foi a vida vivida de John Ringling, que retrata The Floridians Dreams :” o prazer da vida, o prazer do lucro, e o prazer da arte”.


Miami, 06 de abril de 2024

Jorge Wilson Simeira Jacob



domingo, 7 de abril de 2024

 




O discurso à Cantinflas



Jules Verne quando escreveu o seu  texto A Volta ao Mundo em Oitenta dias, como não existia o cinema na sua época, não poderia prever que 

 o seu livro tornar-se-ia  um clássico do cinema. Estrelado por David Niven, Shirley MacLaine e o insuperável Cantinflas, venceu o Oscar em 1956.


Cantinflas nome artístico do comediante mexicano Mario Moreno, no filme representa Passepartout, o leal parceiro do Philleas Fogg , o aristocrata que apostou fazer a proeza de circundar o mundo em oitenta dias. 


Mario Moreno criou, na sua carreira profissional,  o Cantinflas como  personagem dono de um  discurso prolixo, sem sentido e confuso. O seu discurso de frases inviezadas e atrapalhadas conquistou o público, mas o prejudicou no mercado cinematográfico internacional. Esta figura se tornou na caricatura humorística de todos os prolixos — que falam muito e esclarecem pouco. Caricatura oportuna por abranger a maioria dos discursos humanos.


A prolixidade é alimentada pela confusão das ideias. A síntese, a sua  contrapartida, é fruto das ideias colocadas de forma lógica, ordenada e racional. Uma mente lúcida encontra na simplificação a sua melhor expressão. O bom discurso ou texto é aquele que tem foco, aborda uma ideia única por vez e tem uma sequência racional. Tem começo, meio e fim. Não exige do leitor/ouvinte esforço para apreender do contexto.


Na essência de um bom texto está a simplicidade. Se é complicado ou muito rico de explicações não é um bom texto.  Quantidade de palavras não fazem o conteúdo mais acessível. O discurso à Cantinflas gera muito calor, mas pouca luz. Como em tudo na vida o gênio simplifica e o medíocre complica. Os gênios da humanidade sintetizaram em leis um emaranhado de questionamentos. A lei da gravidade de Newton foi uma delas.

Se a maioria das pessoas aprendessem a colocar as ideias em ordem de forma simples e racional, muitas guerras ( pessoais ou sociais ) seriam evitadas. Falamos, em uma sociedade, a mesma língua, mas chegamos a diversos entendimentos. Há evidentemente uma carga cultural a influenciar a interpretação dos discursos, mas a forma tem um papel preponderante.


Quando Abraham Lincoln dirigia-se para discursar no cemitério de Gettysburg, leu o texto preparado por seus assessores e não gostou. Escreveu no joelho um texto curto, direto, mas denso, que faz parte das antologias dos melhores discursos da história. 


Churchill com a sua retórica insuperável não precisou para motivar os ingleses mais do que suas famosas frases de efeito: “ nunca tantos deveram tanto a tão poucos”; ou “ Só tenho a oferecer sangue, suor e lágrimas”. E os ingleses continuam a apoiá-lo como Primeiro Ministro, sob o bombardeio das bombas voadoras V 2, que destruíam Londres.


O objetivo de um discurso, escrito ou falado,  é transmitir uma mensagem e não encantar os ouvintes com uma verborragia que a par de cansar dilui o conteúdo. Por concisão ou preguiça , fale pouco, escreva textos curtos - mas pense muito para colocar as ideias em ordem, se quiser ser lido e compreendido. Esta constatação  me induz a terminar aqui este discurso   para não “cantinflar”.


São Paulo, 26 de outubro de 2023.

Jorge Wilson Simeira Jacob