Jorge Wilson Simeira Jacob
Jorge Wilson Simeira Jacob 

Lucre e deixe lucrar: é o que garante empregos para a sociedade

Colocar dinheiro em um projeto rentável não encanta nem louco e nem sonhador! Os loucos rasgam dinheiro e os sonhadores distribuem o dos outros

Convide alguém com poupança, que confia muito em você, para investir as suas economias em um negócio sem perspectiva de retorno – nem de lucro e nem do capital. Argumente que, mesmo sendo um mal investimento, terá como prêmio ser um negócio bem-visto socialmente, pois, enquanto durar, criará empregos e poderá recolher impostos. Além de que, depois dos prejuízos, quando a empresa fechar as portas, ele poderá ostentar orgulhosamente o título honroso de capitalista civilizado — um benfeitor social. Tente! Mas tente mesmo! Se você tiver êxito, este será um case para os estudiosos da história econômica e da psicanálise, que o fará merecedor do prêmio de melhor vendedor do mundo.

Se fracassar, faça outra tentativa. Ofereça ao mesmo investidor a participação em uma empresa muito lucrativa, mas correndo o risco de ser criticado como egoísta, ambicioso…e ganancioso — um capitalista selvagem. Não argumente muito. Não será necessário. Mostre os altos lucros previstos e o futuro promissor. Entretanto, não deixe de enfatizar ser este um investimento visto como politicamente incorreto, pois fazendo-o mais rico, aumentará a desigualdade econômica. Portanto é um investimento socialmente injusto.

Apesar dos pesares, não tenha dúvidas de que as suas chances de êxito, nesta segunda hipótese, são muito grandes.  Mesmo não tendo o glamour socialista da primeira. Com absoluta certeza, não irá provocar a admiração dos intelectuais politicamente corretos. Colocar dinheiro em um projeto rentável não encanta nem louco e nem sonhador! Os loucos rasgam dinheiro e os sonhadores distribuem o dos outros. O que ambos gostam é de fazer caridade com dinheiro alheio e, sempre que possível, em benefício próprio.

Estes exemplos pretendem mostrar na prática o poder do lucro, pois sem ele as empresas não sobrevivem. Sem a expectativa dele não há investimento; sem investimento não se criam empregos; portanto, por silogismo, podemos concluir ser o lucro o que gera os empregos, o desenvolvimento e os impostos para sustentar o governo. Um conceito tão simples e cristalino que deveria levar as nações a estimular ao máximo o lucro das empresas… e não apená-las com uma burocracia paralisante e uma tributação irracional. O lucro, por bom senso, deveria ser tratado com mais respeito!

Esta discussão torna-se pertinente neste momento em que, nos países subdesenvolvidos, estamos assustados com o desemprego atual e com ocupação da mão de obra a ser substituída pela tecnologia. Um governo com vistas a este desafio deveria enfrentá-lo liberando – sem pejo – os sentimentos naturais: a ambição, o egoísmo, o espírito competitivo, canalizando todas as forças naturais para estimular a aventura de empreender, deixando aos concorrentes estabelecer os limites aos abusos.

Todas as tentativas de matar a ambição humana com leis e polícia fracassaram. Nem caçar boi no pasto colocou a carne nos açougues. Só a ambição de um concorrente é capaz de limitar a de outro. Este modelo, do injustamente pichado capitalismo selvagem, tendo como princípio ser o lucro limitado pela competição, é que liberou o espírito animal para caçar riqueza para a Inglaterra, os Estados Unidos, no passado, e a China, no presente. As vítimas da castração do espírito empreendedor, abatidas pela intervenção dos governos, nesta caçada, tem sido o desemprego, o aviltamento salarial, a corrupção e a pobreza. Os beneficiados pelos capitalistas são o desenvolvimento, o emprego e a massa salarial.

Os desempregados de hoje e de amanhã serão salvos pelo capitalismo selvagem, sob o lema: lucre e deixe lucrar.

   

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