quinta-feira, 25 de julho de 2019

Saudosismo.

O Presidente Castelo Branco teve notícia de que seu irmão teria recebido um carro como presente. Convocou-o e, tendo confirmação, o demitiu do serviço público. Não por qualquer evidência de corrupção, mas para não pairar dúvidas. Assim marcou o seu governo, não deixava margem para suspeitas. Respeitava com a disciplina que se espera de um militar a liturgia do cargo. O seu governo não só cuidava de ser,  mas também de ser visto como impoluto, sem jaça. E foi!

Este saudosismo vem à memória ao ter notícia do salto de paraquedas do filho do vice-presidente promovido à diretoria do Banco do Brasil.  Um salário de 12 mil passa a 36 como um dos primeiros atos da presidência da entidade. Um episódio rico em erros de oportunidade e de postura. Pois, nem bem chegados ao poder, nem esquentaram as cadeiras e já surge um primeiro caso suspeito, que será explorado pela oposição como: “somos todos iguais, é só questão de oportunidade”.


O que faria Castelo Branco ( acredito eu )?

Aceitaria a explicação da não interferência do vice na nomeação e demitiria sumariamente o presidente do Banco do Brasil. Não perderia a oportunidade de estabelecer a marca do seu governo. O rigor no respeito a ética e a moral é responsabilidade do presidente e é intransferível. O exemplo tem que vir de cima. As punições castigam, mas só o exemplo educa.

Este episódio, segundo o super Guedes: “seria ruim, se não fosse bom”! Será bom por ser mais um prego no caixāo funerário das empresas do governo. É mais um fato a mostrar a vulnerabilidade aos desmandos da empresa governamental. E como disse o atual Presidente do Banco do Brasil : “ a ordem é privatizar tudo”. Ele sabe das coisas, será que está criando clima para cumprir a ordem ou não resistiu à tentação? Alias quem resistiria a não ser um Castelo Branco?






quarta-feira, 24 de julho de 2019


Os Ônus e os Bônus.

“É incrível como este indivíduo bruto, sem nenhuma cultura, ao analisar o mundo dos negócios,  transita pela floresta com a facilidade de um elefante , levando no peito todos os obstáculos - pensava o Príncipe ouvindo o discurso de Calogero”,  no texto do  IL  Gattopardo de Tomasi de Lampedusa.

O Príncipe Salinas , homem culto, membro da nobreza tradicional da Sicília, consciente da decadência econômica do seu império, se surpreende com a competência do futuro sogro de sua filha.

O Príncipe  não é uma  exceção ao se  surpreender    que a sua cultura, nobreza e refinamento intelectual  não o habilitavam a ser  mais bem sucedido na administração dos seus negócios do que um burguês vulgar, sem nenhuma das suas qualificações.

A exceção notável foi ter identificado  as peculiaridades   exigidas para as  diferentes tarefas. Ele, um intelectual ( book smart ) , está  para o mundo dos livros, e o seu interlocutor,   um burguês, homem de senso comum ( street smart )para o das coisas práticas, materiais.

A regra é que os intelectuais,  não atentos as habilidades adequadas à  cada atividade,  tem  dificuldade em  aceitar  que o seu conhecimento não receba do mercado prêmio material superior ao dos burgueses. 

Como pode um semi-analfabeto, dono de uma banca de feira, ter remuneração superior às suas? Esta  desigualdade  lhes é desconfortável. E buscam justificativas nas “falhas do mercado”, que entendem ser  um vício da economia de mercado a  ser corrigida pela virtude da economia de comando socialista. 

Não entendem por ignorar  que o sucesso empresarial exige outro tipo de talento, como: alerta às oportunidades, disposição ao risco, aceitação das frustrações, tenacidade, ambição e boa dose de sorte. Uma dosagem para matar leão! Tanto que poucos tentam e  perseveram, mesmo com a expectativa de  prêmio  compensador. É um bilhete de loteria, onde  poucos são premiados, mas qualquer um pode tentar.

É grande a probabilidade de que Calogero tenha sido o único empreendedor a ser   reconhecido por um intelectual  pelo seu espírito realizador -  a despeito de diplomas e leituras. E  aceito, não como uma aberração de mercado, uma injustiça social, mas como alguém com sensibilidade, autoestima e energia para tornar um sonho  em realidade.

Nestas diferenças estão  os ônus e bônus de cada um. Aos intelectuais os títulos honoríficos, os diplomas e o prestígio; e aos burgueses os bônus materiais. 

Cada um com a sua escolha!


segunda-feira, 22 de julho de 2019




O Gato Comeu!

-Onde está  o dinheiro que estava aqui?
-O gato comeu! 
- Onde está o gato?
- No BNDES , BANCO DO BRASIL, CAIXA, PETROBRAS e em tudo o que o governo administra - principalmente na burocracia governamental!!!

Está mais do que na hora de tirar a chave do cofre das mãos do governo. A ganância do burocratismo é igual a de todo ser humano. Pois, como ensinava Oscar Wilde :
- "se resiste a tudo...menos à tentação".

 Acabar com a corrupção e os desmandos depende de acabar com a tentação. 

É mais do que hora de se destinar o dinheiro arrecadado - que é do povo - para   educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Vamos privatizar tudo! Já! Vamos tirar o governo das nossas costas! 


Jorge Simeira Jacob

domingo, 21 de julho de 2019

A Mãe do Mundo.


Vivi ouvindo  a voz do povo dizer que a necessidade era a mãe do mundo. Por muito tempo fiz coro a essa crença até que me dei conta de estar sendo levado por uma falácia. Pois, se esta fosse a verdade, as regiões criativas e, por consequência ricas, seriam o  - Nordeste, África, Índia... . E não o contrario - o sul do Brasil, os Estados Unidos e regiões da Europa.

Necessidade aqui entendida como a condição mínima de sobrevivência, condições ditas como   básicas: alimentação, agasalhou  e residência. A necessidade secundária, referida neste contexto, como  aspirações se referem à ambição de poder, autorrealização e posições de status.

A  necessidade  em si tem mais a ver com o conformismo, com o comodismo, que movem o homem pela fome, frio, calor e abrigo. Estes  satisfeitos cedem às leis da  natureza humana que  valorizam:a lei do menor esforço;  do mínimo risco; e do benefício imediato. Plantar para colher - estudar, economizar, empreender - exige a  aspiração de de melhorar, de se destacar, de ser valorizado por ser útil. 

A  aspiração não é comum a todos os humanos, mas  brota em muitos pela competição. Um desafio  mexe com nosso amor próprio . Apostar  no jogo para vencer o azar; disputar no esporte para superar os adversários; criar empresas para superar a concorrência... Aventuras  que, não poucas vezes, vai ao nível da própria sobrevivência física ou dos negócios. Quantos exemplos são notórios de  disputas levadas ao extremo? Jogadores que arriscam até o que não têm; esportistas e empresários que superam os seus limites; políticos  que apostam as suas posições...

São estas reflexões que me alertaram para a falácia  e deram a visão de que o a mãe do mundo é a competição ( não confundir com  concorrência ). Sem desafio  o homen se acomoda. Foi a competição que fez a riqueza dos países ricos e dos homens prósperos. Foi a  volúpia de superar  os recordes que faz com que sejam quebrados a cada Maratona. Foi o desejo de se destacar que motivaram os premiados pelo Nobel.

Como também foi a falta de competição que manteve no atraso e na pobreza as regiões subdesenvolvidas do nosso mundo. Faltou nestes clima propicio ao  desafio  para acender as suas aspirações de autorrealização. Realização que   é uma aspiração que mora no fundo da alma. Tão geral é este sentimento que, atingido os seus objetivos,    muitos doam seus prêmios: Fleming abriu mão dos direitos da penicilina em favor da humanidade; empresários doam seus patrimônios à causas beneficentes; e  políticos poderosos morrem pobres . Não é isto prova de que a motivo não era o acúmulo de bens e honrarias, mas a motivação de   se realizar no conceito dos seus pares e de si mesmo? Não é prova bastante para comprovar que não foi  o risco da sobrevivência que os motivou? 

Este é só mais um caso em que a voz do povo não é a de Deus. A voz deste é a que  está impressa no nosso DNA , a de   nós nos movemos quando estimulados  a competir. O que faz as nações prósperas é onde mais competição existe. E esta existe onde há liberdade de empreender ; onde o que  faz  respeitados os cidadãos é  se sobressair   concorrendo com lisura pessoal e profissional.




A Santíssima Trindade. 


O valor das coisas é fortemente influenciado pela escassez. Quanto mais abundante menos interesse desperta. Um brilhante de dois quilates é menos disponível do que o de um, em consequência custa mais do que o dobro do que este. Eles mantém uma relação entre uma progressão aritmética e a geométrica. Tudo devido a menor disponibilidade oferecida pela natureza ou pelo mercado.

Mas não só os bens materiais  seguem esta regra. Outros também. Entre estes se destacam três ( uma trindade ) que são únicos para cada um de nós: a vida, o nome e o tempo - nominados aqui como insubstituíveis . O que os levam ao  topo da nossa escala de valores. A vida é uma só. Se interrompida não há outra para quem não acredita na reencarnação; o nome no sentido de reputação, manchado nunca mais será imaculada ; e o tempo perdido não é recuperável. Todos os outros não devem ser, portanto, tão apreciados como estes.

A vida sabidamente dependente da genética, que não é da nossa escolha, pode ser preservada com os cuidados com a saúde. Uma existência saudável pode ser causa de longevidade com qualidade de vida; o nome é uma responsabilidade que carregamos. Herdamos e temos que transferir aos descendentes  um nome como se transfere bens de família; e o tempo,que passa quase sem percebermos, deve ser aplicado racionalmente segundo  a segundo. Pois, como os outros, o que passou não volta mais!

Leonardo da Vinci, se inspirou nas três figuras da Santíssima  Trindade - O Pai; O Filho; e O Espírito Santo  para organizar a sua mensagem no famoso Cenaculo da igreja Santa Maria delle Grazie em Milão . Eram três:  os agrupamentos dos apóstolos; as janelas de fundo; e os ângulos da figura de Cristo .

Por ser única e insubstituível, esta obra de arte tem valor imensurável. Um ingresso dá direito a só vinte minutos de contemplação a cada grupo de muitos visitantes. Também, por ser insubstituível, mesmo não tendo ingresso imediato a pagar, devemos sopesar bem  do valor da nossa particular santíssima trindade : vida, nome e tempo.





quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Esperança 


Um jornalista, entrevistando um cineasta francês, colocou  a seguinte questão:

  • A sua produção cinematográfica destacava o amor como o fator mais importante da vida. O senhor mantém esta opinião?
  • Não. Mudei. Hoje entendo ser a esperança o que há de mais importante. Sem  esta não existe vida. Nem o amor sobrevive!

Em outro contexto, diz a opinião popular  que a esperança é a última que morre. E quem há de discordar? Certamente não seria aquele que aposta no bilhete de loteria, cuja possibilidade de êxito beira o impossível; não seria o  que busca uma benção celeste, cujo resultado pede um milagre; nem seria o crente que consulta um vidente, cuja onisciência inexiste. E o que dizer da mãe que acredita na recuperação do filho quando ninguém identifica nele nada além do mal, do vício e da degeneração? 

Mas é a esperança, com ou sem razão de ser, que nos mantém lutando, vivos por acreditar que o improvável pode ser possível; que o milagre pode acontecer; que o degenerado pode se recuperar.

É a esperança que nos ilude de que - desta vez - tudo  será diferente:.que os políticos  não terão como único objetivo a próxima eleição; que a generosidade coletiva dará o máximo de sí  sem direito à  recompensa; que  a distribuição da renda acontece sem violentar a liberdade; que premiar sem distinção o mérito e o demérito não diminui  o  empobrecimento geral.

Assim, de esperança em desesperança, seguidas de novas esperanças,  vamos nos iludindo com os demagogos de plantão . Certos de que desta vez será diferente; de que estes não são iguais aos que os antecederam. Sem atentar  que  sejam  somente  diferentes nas formas de gerar esperanças. E neste processo vamos ingenuamente esperando que o bem vai cair do céu...ou melhor do burocratismo governamental.


Não se deixou iludir  Dante, que com  eloquência, na Divina Comédia,  escreveu   no portal do inferno a  sentença trágica e final : voi chi arriva lasciate qui ogni speranza! Ou como podemos dizer: você que aposta nos salvadores da pátria, ponha nele toda a sua desesperança.



Jorge Simeira Jacob

Princípio da Inércia  

 "Um corpo em repouso tende a ficar em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer em movimento".

Isac Newton



O primeiro princípio de Newton não diz respeito somente à física, à mecânica, ele é mais abrangente, atingido também a mente. Basta trocar “ um corpo” por “uma ideia, hábito, crença “ para se ter a mesma reação.

 É esta inércia da mente que nos faz resistir às mudanças. As inovações ,as novas ideias , os novos costumes só são incorporados na nossa cultura se um fator externo forçar a ruptura com o passado. E quanto mais velhas forem aquelas, mais tempo e/ou maior a energia para serem substituídos.

A inércia é confortável. Os que foram habituados à determinados conceitos, ordens, costumes  resistem em  conceber outros, menos ainda a subvertê-los. Vivemos dentro de um círculo de ferro que tende a nos defender de novas propostas para enfrentar desafios.

 A lei do menor esforço intelectual é muitas vezes mais forte do que a do físico, que se soma  aos diversos graus de miopias para explicar a resistência às descobertas,  as inovações e as mudanças culturais.  À cada sugestão de uma nova ideia  se sucedem os conhecidos chavões: 
-Não é possível! Foi tentado e fracassou! Se fosse viável...alguém já teria feito! e...


Esta inércia, resistência ao novo, ao diferente, ao tido como impossível, ao longo da história , atrasou o progresso e só não o inviabilizou pela rebeldia de mentes abertas, da  lúcides  de visionários que corajosamente enfrentaram o status quo vigente. Oswaldo Cruz teve que se submeter publicamente à vacina  para vencer a sua guerra contra a febre amarela.Não foram  suficientes  os seus estudos demonstrando todo o ciclo da evolução   da moléstia e a segurança da vacina.

Não se pretende, porém, afirmar que tudo que é novo é bom, pois se o tradicionalismo, de um lado, cria barreiras à inovação, de outro tem a virtude de filtrar as novas propostas. Ademais a grande massa tem dificuldade de adaptação às mudanças e há necessidade de exercício para sua apuração e avaliação. Portanto, há que se ter cuidado com as mudanças bruscas, sem testes, sem parâmetros, sem a aplicação na prática. 

As revoluções, mudança bruscas,  escreveram histórias lamentáveis no curso da humanidade. O marxismo, um ideal aparentemente humanitário, se tornou na maior tragédia da humanidade.

Portanto, há que se estar aberto à novas ideias, mas sem ignorar as barreiras culturais, sem sua validação e aprimoramento para não  correr o risco de jogar o bebê com a água do banho. A dosagem das ações é que determinarão o ideal  entre a inércia e a revolução. A arte está em colher as frutas sem derrubar a árvore.

De outra parte, o mundo está em constante mudança e só os indivíduos, grupos, empreendimentos , nações que se adaptam sobrevivem. O que exige constante quebra de paradigmas.Poder-se-ia concluir que vivemos em cima de permanente instabilidade. Todos e tudo é viável até que se torne inviável ou vice-versa. 

Não basta, porém, a disposição de buscar novos caminhos,  mas é importante antecipar-se aos fatos ,  porque nem sempre  o desafio vem com tempo suficiente para a adaptação. Com tempo pôde-se evoluir, avançar sem “derramar sangue”. Ao contrário, sem espaço de manobra se terá como opção uma ruptura, uma revolução com desdobramentos imponderados.



Perdoar, sim. Esquecer, jamais!!!

A derrota petista nesta eleição marca o fim da paz que dividiu a nação, deixando em seu rastro inimizades até entre familiares. Uma política premeditada, desenvolvida por Castro em Cuba e estimulada pelo Fórum São Paulo, que criou raízes além do que se poderia imaginar, surpreendendo, no calor dos debates, pela constatação de ela ter destruído valores tradicionais da família, ter determinado a criação de minorias antagônicas e a exploração do sentimento da inveja, acima de todas as expectativas.

A vitória dos que pensam no futuro deve ser o início da recuperação da civilidade perdida e da união de todos no esforço de reconstrução da pátria arrasada, pois nada pode ser mais positivo do que a convivência fraterna e nada mais negativo do que o nóis contra eles recebido como herança.

A pacificação da nação passa pelo perdão. Perdão, de ambas as partes, pelos excessos da campanha eleitoral e dos erros nela cometidos; perdão aos socialistas/comunistas, embora eles nunca, em toda história, inclusive na nossa, tenham pedido desculpas pelas barbaridades cometidas em nome de sua falida ideologia; perdão por nunca terem perdoado os adversários e os vencidos; perdão que deve ser dado com generosidade, sem ressentimentos e sem expectativa de retorno.

Perdoar, sim; esquecer é outra história. Esquecer nada tem a ver com nobreza de sentimento; esquecer é jogar no lixo as lições da experiência. Não há como esquecer os crimes de Stálin, Mao, Pol Pot, Castro, Hitler... Esquecer esta página triste de nossa história equivaleria à Europa apagar da memória os milhões mortos pela peste negra e, desta forma, ignorar a necessidade de medidas de higiene preventiva.

Esquecer o nosso namoro com o populismo-estatizante do PT seria esquecer os nossos milhões de desempregados,a recessão econômica, a quebra dos laços familiares, a desesperança, a ruptura da moral e da ordem; seria aceitar a troca imoral do prêmio por mérito pela esmola; seria descuidar das medidas profiláticas para afastar uma potencial recaída; seria sentar sobre os louros de uma batalha ganha a duras penas e não evitar o indesejável retorno da peste vermelha.

Não, portanto, ao esquecer. A experiência recente mostrou que o império do mal ganhou espaço no campo das ideias. A doutrinação socialista pelos formadores de opinião: imprensa, escolas, artistas, sindicalistas, funcionários de empresas estatais e de governo - inocentes úteis e gigolôs do governo - não tiveram contraponto. As poucas e fracas vozes que se levantaram (Instituto Liberal, Von Misses, Millennium) não tiveram apoio para divulgar as virtudes de uma sociedade baseada na liberdade individual.

Com esta análise, pretendo levantar como bandeira não ser legítimo nem próprio de uma democracia que um governo privilegie qualquer corrente de pensamento - seja capitalista ou socialista. A neutralidade é imperativa. O governo deve cuidar para que as ideias circulem livremente em direção ao arbítrio individual. Esta legitimidade só ocorrerá se distorções existentes forem corrigidas, com a adoção de medidas de higiene social como:

-  acabar com a Lei Ruanet, para evitar o suborno de artistas e intelectuais;
-  cancelar verba de publicidade das estatais, que distorcem a liberdade de opiniões;
-  instituir a sindicalização voluntária;
- impedir a difusão ideológica nas escolas;
- criar vouchers e financiamento para todos os níveis escolares realmente necessitados;
- limitar subsídio às instituições de ensino superior equivalente às mensalidades e aos vouchers  arrecadados ;
- privatizar todas as empresas do Estado para estimular a competição e elidir a corrupção;
- eliminar todos os subsídios, proteções, isenções às empresas, sem exceção;
- implantar igualdade tributária incluindo as ordens religiosas;
- impedir a prática de ilícitos pelas ONGs;
- punir criminalmente as violações à propriedade pública ou privada praticadas pelos que se dizem sem-teto ou sem-terra.

Sem essas providências, o socialismo (lastro do populismo-estatizante) ressuscitará talvez até mais forte e mais ousado. Portanto, ou enfrentamos a guerra no campo das ideias e conquistamos as mentes e os corações, ou devemos nos preparar para, nas próximas eleições, estar novamente discutindo o politicamente correto, bolsa família, distribuição de renda, injustiça social e uma visão deturpada  de democracia. Tudo isto  em vez da opção de lutar  pela dignidade de viver como homens livres em uma sociedade que dá aos menos favorecidos não inveja em relação aos bem-sucedidos, mas a possibilidade de ser um deles.

Jorge Simeira Jacob





Gorbachev e Bolsonaro.

Gorbachev, em histórica visita ao Presidente Reagan, constatou a eficácia da economia de mercado para gerar riqueza e satisfazer aos anseios da população, desafio que 70 anos de economia de comando não foi capaz de superar; além disso, já sem fôlego, percebeu que não teria como enfrentar o projeto militar americano, o “Stars Wars”. Impotente diante dos fatos, reagiu com a Perestroika, um programa que selou o fim do seu governo e da URSS. Foi o preço que pagou ao libertar o “gênio da garrafa”, o qual, livre, não se limitou a eliminar os poderosos do momento, mas, sobretudo, matou de uma só pancada a própria ideologia comunista.

Bolsonaro, como seu êmulo russo, ao vivenciar o desastre dos socialistas no Brasil, promete liberar o gênio engarrafado e com voz tonitruante repudia, sem eufemismo, sem meias palavras, o politicamente correto, exigindo o respeito à moralização dos costumes e aos valores tradicionais da família. O resultado esperado será equivalente ao da Perestroika: mandar para casa os poderosos e desmoralizar de vez o populismo-estatizante -  mãe da corrupção, da ineficiência e da ditadura da nomenclatura.

Evidentemente, aqui como lá, os gigolôs do governo, sem as tetas das estatais, ante a ameaça aos privilégios, estão revoltados. Mas a maioria silenciosa despertou do engodo de estar a sociedade, pela pregação socialista nas escolas, nas igrejas e na imprensa, condenada a transformar o Brasil em uma Venezuela e fazer do brasileiro um emigrante potencial. Porém o resultado do primeiro turno mostrou que  Bolsonaro tinha razão: o tigre era de papel. As ideias, tidas como incorporadas à nossa cultura, estão na lata do lixo da História. A votação mostrou que, apesar dos pesares, a nação brasileira mantém arraigados os valores morais da família, da ética no trabalho e do repúdio à tutela do Estado que trata o cidadão como incapaz, que o apequena como ser humano, arranhando sua dignidade.

Assim, o fenômeno Bolsonaro fez mais pela consolidação das crenças do que todos os nossos líderes liberais. Na sua maneira rude de se expressar, conseguiu traduzir para a massa conceitos e abstrações até então restritas a uma elite intelectual.  O que Roberto Campos (brilhante book smart) tentou fazer na difusão de conceitos, Bolsonaro (um street smart), em linguagem popular, convenceu o povo de que a causa dos nossos males é uma só: a ideologia socialista!!!

A competente campanha deste Davi derruba, assim, o inimigo Golias com uma pedrada. Com o gigante no chão, a maioria silenciosa foi despertada e descobriu que o politicamente correto, que nos intimidava, não passava de um tigre de papel. Esta conscientização restabelece a confiança em nosso futuro.  Mesmo que ele não entregue o prometido em campanha, nunca mais o Brasil será o mesmo, com ou sem ele. Repetiremos o acontecido com Gorbachev que, ao liberar o gênio engarrafado, acabou com a tirania comunista.

Devo ao Bolsonaro o ter me devolvido a esperança no futuro do Brasil. Sou agradecido por ter desmascarado esse “tigre” que parecia ter devorado a nossa cultura, destruído nossas tradições, comprometendo a nossa liberdade com os doces da servidão -  ninguém fez mais do que sua campanha política para mudar o Brasil para melhor. Faço, no entanto, este registro: se Bolsonaro cumprir as suas promessas, estarei diante de um grande conflito pessoal,  pois, não sendo um homem de fé, terei que admitir que Deus é mesmo brasileiro - estava apenas de folga!

Jorge Simeira Jacob

De olhos abertos

Quem assistiu aos discursos de posse do Presidente Bossonaro, se de olhos fechados estivesse, acreditaria estar ouvindo Churchill falando os ingleses - líder dotado de personalidade forte e de marcante coerência conceitual . Ao exemplo dele, Bolsonaro se expressou como quem sabe o que quer e sabe querer.

Entretanto, esta impressão não foi compartilhado pela imprensa ( mesmo as menos preconceituosas a ele ) ignorou o valor da coerência e a coragem de reafirmar as suas propostas de governo, sem a preocupação de agradar. Segundo a media, o discurso que ganha eleição não deve ser o mesmo para governar. Gostariam, segundo suponho, que as promessas de campanha tivessem sido somente para angariar votos.

Talvez tivessem alimentada a ilusão de que o Presidente Bolsonaro, votos contados, ignoraria ter sido eleito para salvar o Brasil do caminho do socialismo e que o mérito e não o coitadismo se tornassem a régua de premiação ao estudo, ao trabalho , à honestidade e à poupança. Aí a decepção! Em vez de um deixa pra lá, como se promessa não fosse dívida, ouviram um político reafirmando com ênfase as suas propostas sem medo e com a coerência de quem fala com responsabilidade e domínio conceitual.

Estavam enganados . Foi esta coragem e coerência que venceu as eleições e o fazem hoje merecer a esperança da maioria da nação. Nada mais natural! Pois, como confiar em alguém incoerente? Como apostar em quem não defende as suas ideias de peito aberto? Não foi a coerência de Churchill que lhe garantiu o apoio dos londrinos mesmo só tendo como proposta : “sangue,suor e lágrimas”? não foi a sua pregação de “ser a coragem a primeira das virtudes, pois sem ela nenhuma outra sobreviveria” ? Não foi a sua demonização do nazismo ,resultado de duas desgraças: o nacionalismo e o socialismo , que salvaram a humanidade do caminho da servidão - vislumbrado por Hayek?

Felizmente, de olhos abertos vi não ser Churchill , mas um presidente eleito com meu voto, propondo, sem luvas de pelicas, livrar o Brasil do caminho do nacional-socialismo, da corrupção e do burocratismo que fizeram do elogio à ignorância uma virtude e do mérito um pecado da ganância.

Jorge Simeira Jacob


&

Deus...Estava De Folga!


Somente é agradecido, quando o favor foi merecido.

A campanha vitoriosa no primeiro turno do candidato Bolsonaro, mais do que uma mudança da guarda, mudou o Brasil. Nada será mais como antes. A quadrilha que assaltou os cofres da nação e tentou subverter  os nossos caros valores morais , à pretexto do politicamente correto , foi para a lata do lixo. Um feito extraordinário, mas superado pelo choque cultural provocado ao  mostrar  que, ao contrário do que se fazia crer, os valores tradicionais da nossa cultura não foram destruídos pela maciça pregação nas escolas, nas igrejas e pelos gigolôs do estado. 
O fenômeno Bossonaro fez mais pela consolidação das crenças  que todos os nossos líderes liberais. Ele, na sua maneira rude de se expressar, conseguiu traduzir para a massa conceitos e abstrações até então restritas a uma elite intelectual.  O que o Roberto Campos ( brilhante book smart ) fez na difusão de conceitos ; Bolsonaro ( um Street Smart ) convenceu o homem comum  que a causa dos nossos males é uma só - a ideologia socialista.
A competente campanha deste Davi derruba, assim o inimigo Golias com uma pedrada. Com o gigante no chão,  a  maioria silenciosa foi despertada e descobriu  que o politicamente correto - que nos intimidava - não passava  de um  tigre de papeL. Esta conscientização restabelece a confiança em nosso futuro. 
Um porvir que restabelece a nossa perdida esperança no futuro. Mesmo que ele não entregue o prometido em campanha - nunca mais o Brasil será o mesmo : com ou sem o Bolsonaro. Repetiremos o acontecido com Gorbachev que, ao liberar o gênio engarrafado, acabou com a tirania comunista e o próprio cargo.


Um Brasil que não vive nas tetas do governo; que respeita à individualidade, mas exige a contrapartida  - vc pode ser o que quiser desde que não faça proselitismo/impositivo entre os ingênuos ou imaturos; que não ser tutelado e  tenha respeitado o direito de ser feliz à sua maneira; que a justiça seja cega e não submissa às circunstâncias.
Devo ao Bolsonaro ter me restabelecido a esperança. Ninguém fez mais do que ele para desmascarar esse tigre que parecia ter devorado a nossa cultura, desvalidando as nossas tradições, comprometendo a nossa liberdade com os doces da servidão ; ninguém fez mais do que está campanhacpoliticacpara mudar onBrasil para melhor.

Cabe porém um reparo. Se o Bolsonaro cumprir o prometido,  terei enfrentarei um grande conflito: não sendo um homem de fé terei que admitir que Deus é brasileiro - só estava de folga!
A aventura de ter um filho


A maior ousadia humana - muitas das vezes perpetrada  de forma inconsciente - é a concepção de um filho. Ação  se inicia na fecundação, mas a responsabilidade  é  ilimitada. Um filho, ao nascer, impõe  um limite à nossa autonomia . Nunca mais a nossa felicidade será prioritária. Nosso compromisso não poderá ser outro  senão a felicidade dele. O que não é pouco!

A aventura, e é disto que se trata, começa já no útero materno  com o imperativo  de garantir pela  sua existência    saúde  física e mental.  São tantos os  desafios a  serem superados  que só sobrevivemos por um desses milagres da natureza. Mas sobreviver não é tudo. Uma vida para se completar depende da boa educação, da formação do caráter e do  equilíbrio emocional.

A base de tudo começa em casa com o exemplo, com o  cultivo de valores morais e se segue nas escolas com o desenvolvimento do conhecimento e da curiosidade. Todo este arsenal de recursos podem dar ao educando saúde, saber, valores morais - indispensáveis para o ajuste do homem na sociedade, como aprendemos na história da humanidade.

A Grécia antiga  tinha conhecimento destas condições básicas para formação dos seus jovens e desenvolveu métodos diversos de educação. Duas cidades se destacaram adotando  políticas diferentes. Atenas deu ênfase aos  estudos , a  valorização das artes e a humanização como política. Esparta, ao contrário, focou  no fortalecimento da personalidade, na disciplina, no domínio da vontade, da mente sobre o físico. Uma formou intelectuais , a outra, guerreiros  - o que a levou a dominar e subjugar os atenienses.

Esta supremacia política não desmerece o valor cultivado por Atenas, mas serve para sinalizar que, a par dos valores intelectuais e morais, há que se trabalhar a personalidade e o fortalecimento do caráter . O que   tem   muito a ver com a genética, mas que pode e deve ser temperada. Da mesma forma que o metal tem suas características básicas, que podem ser melhoradas  pelo fogo, pela marreta, por mistura com outros materiais, nos possuímos   um caráter  que pode melhorar se for fortalecido o nosso temperamento.

Se Esparta trabalhava as personalidades, treinando à vontade com  de jejuns prolongados seguidos de exposição  frente a iguarias saborosas, sem poder saciar a fome, mas  punindo com castigos severos os que cedessem à tentação. Exercício que nenhuma  mãe imporia  a um filho faminto. O que faz com  que os pobres acabem criando personalidades mais bem temperadas pelo exercício das frustrações que os bem aquinhoados  desconhecem.

A alternativa ao natural protecionismo familiar pode ser a prática do esporte. A competição esportiva tempera à vontade por reproduzir todas as situações da vida. Neste todos estão em igualdade frente aos desafios. Ainda que exista, como na vida,  uma dose de sorte, mas geralmente vence o melhor. A prática esportiva  exige muito esforço e tenacidade para pequena melhora. Sempre há alguém a superar  as metas , os recordes. Ganhar e perder é uma constante. O ânimo de luta deve manter-se à despeito dos resultados. Controlar as emoções, nas vitórias não humilhando os vencidos e nas derrotas respeitando os vencedores, se aprende com a alternância das posições: hoje sou vencedor, amanhã posso ser o vencido.

Como corolário: tres  são condições básicas para vencer na vida: saúde, competência  e coragem.


Jorge Simeira Jacob
Carta a uma mãe.

Li com interesse dobrado o artigo da Folha que vc me envio. Esta  leitura confirma a minha própria experiência pessoal  ( acredite,  já fui adolescente) e a dos filhos. Vejo neste em destaque  a relevância da ansiedade do adolescente que tenta superar se opondo aos valores da casa e da sociedade. Fase que só será  superada na chegada da maturidade, quando eles sairão desta “crise de afirmação “.

Os pais e educadores são importantes no processo. Fundamental é dar espaço para que eles descubram os seus limites. São melhor sucedidas as políticas do não confronto. Eles vão descobrir o seu caminho , o seu lugar na vida vivendo. Calo como experiência não se toma emprestado, cada um faz o seu! E veja que não serão poucos os calos a serem adquirido. Os desafios que eles enfrentam não são desprezíveis - aceitação social, desafio sexual e o conflito da liberdade que desejam e o medo da consequente responsabilidade.

O mais adequado tratamento está na tolerância, na compreensão. Na discordância, quando necessária , como torça de ideias e não como imposição.O menos está no confronto, o não dar tempo ao tempo, não respeitar o caminho que escolhem. Não vejo bons resultados em é tratar a ansiedade com mais ansiedade, aumentar a insegurança com mais insegurança, baixar a a fogueira com mais lenha...

Esta reflexão despretenciosa, uma proposta para santificar os pais é mais difícil de ser praticada quando maior o amor e mais expectativa se tem deles. Certamente os pais que não viveram bem a sua fase de ajuste à vida terão um desafio maior para encaminhar bem o seu adolescente.

Enfim, qualquer que seja a maneira de ajuda, a máxima a prevalecer é que o seu filho será aquilo que ele estiver disposto a ser. Nada a ver com o herói ou santo idealizado pelos pais. O que está em jogo é a felicidade deles, e é nesta que devemos colocar a nossa. A crise é deles ou dos Pais?


Obrigado pelo artigo e conto com a suas ideias para melhorar as minhas em benefício dos meus netos.

     Sistema S

     A primeira reação à ameaça de corte das transferências para os S ( Sesc, Senac, Sesi...) é em defesa da manutenção do treinamento profissional - que tem seu valor e deve ser preservado. Acontece que pouco se fala do ônus nas folhas de salário que contribuem para o desemprego. Todos sabem que no Brasil a carteira assinada desistimula  à contratação. E desemprego é nosso problema maior!

      Ademais o Sistema S é uma caixa preta. Dele se sabe pouco e mal : quantos treinamentos oferecem ( sem comprovação ) , das suas colônias de férias e hotéis de alto luxo, mas não dos seus custos e do seu uso político. Tudo bem parecido com os antigos sindicatos...

O ministro Paulo Guedes colocou o dedo na ferida: “o desemprego exige a desoneração das folhas salariais”. Esta deve ser a prioridade. Foi além: se os sindicatos tiveram que ir para o mercado, por quê os S não? Porém ficou  aquém: “ vamos  cortar 50% das transferências“. No que se torna um tratamento desigual. Os sindicatos perderam  a contribuição obrigatória, mas os S não! Por quê?

Diante dos males do desemprego, da malversação do dinheiro fácil , da inexistência de avaliação dos custos e benefícios, a medida correta será dar  opção a empresa de contribuir ou não.  Estabelecido o fim do “monopólio” os S terão de conquistar a adesão das empresas. Principalmente priorizando o ensino-treinamento em vez dos clubes e colônias de férias ( foto do Estadão ilustra a crítica  ) e investimentos sem relação com seus fins. Alem de abrir espaço para a iniciativa privada. Uma competição que otimizaria os valores investidos.


Moral da história - quem paga o lazer oferecido pelo Sistema S são os desempregados - que pagam e não usufruem. Pagamos também todos nós   pelos ônus de um custo forçado nos preços. Os S são uma aberraçao, devem ser privatizados para melhorar o ensino e deixar de ser um clube em que  o desempregado paga  o lazer dos que tem emprego.

Jorge Simeira Jacob





Enviado do meu iPad
Os Sofrimentos Do Jovem Werther


Goethe certamente não imaginou que o romance Os Sofrimentos do Jovem Goethe, herói que  decepcionado com o amor  se mata , fosse provocar uma onda de suicídios . Os desesperados de amores fracassados encontraram a solução dos seus sofrimentos no exemplo de Werther.

Este romance me veio à mente ao ler a notícia de que o presidente da Cerâmica Sergipe, em gesto dramático, atira contra si mesmo, após interromper o discurso do Governador de Sergipe, em público,  no  auditório do Hotel Radisson de Aracaju, taxando-o de mentiroso. 

Qual seria a mentira que o levou ao gesto de desespero? Qual o risco da moda pegar?

Segundo o noticiado, o orador fazia promessa de melhorar as condições competitivas das empresas do estado. O descrédito, se pode deduzir, não por esta, mas  por  anteriores propostas não cumpridas. Conclusão  que se depreende por ter havido uma reunião há um mês, entre o   governador e o suicida,  para discutir a reabertura da sua empresa. 

Mas atribuir tudo  a um fato isolado, como este, ainda que de relevante importância, seria demais. Seria   ignorar o vaso cheio , os desafios de todos tipos enfrentados pelas empresas brasileiras. Nos últimos anos os  nervos estão à flor da pele: mercado encolhendo, custos financeiros insuportáveis, tributação kafkiana e uma burocracia paralisante. As empresas em mercado competitivo, cumpridora das obrigações fiscais e burocráticas estão operacionalmente inviabilizadas. Só quem tem uma empresa sabe o suplício que é obter uma resposta de qualquer órgão do estado. É um Suplício Chinês. Nada acontece. Nada anda. Nada muda. 

E,  em uma cruel constatação, a tendência é de piorar. A informática - o Big Brother - está matando o famoso jeitinho brasileiro. Se de um lado o feroz controle sobre as movimentações financeiras tem o mérito de reduzir o crime, mas de outro  está engessando a economia . Para matar os bandidos mata-se junto e primeiro os inocentes. Pois os marginais  sabem se defender. 

Certamente a Cerâmica Sergipe estava entre os que não sabem e foi uma vítima.

Não há ,porém, razão para se temer uma onda de empresários se matando. Os  Sofrimentos Amorosos do Werther só viraram moda pela pena eloquente do maior escritor da língua alemã. O sofrimento do Sadi Gitz não mereceram nenhuma pena. O que é compreensível em se tratando de  uma sociedade em que o empresário é mal visto, a riqueza é condenada e o estado deve ser o máximo .

Jorge Simeira Jacob