quinta-feira, 25 de julho de 2019

Saudosismo.

O Presidente Castelo Branco teve notícia de que seu irmão teria recebido um carro como presente. Convocou-o e, tendo confirmação, o demitiu do serviço público. Não por qualquer evidência de corrupção, mas para não pairar dúvidas. Assim marcou o seu governo, não deixava margem para suspeitas. Respeitava com a disciplina que se espera de um militar a liturgia do cargo. O seu governo não só cuidava de ser,  mas também de ser visto como impoluto, sem jaça. E foi!

Este saudosismo vem à memória ao ter notícia do salto de paraquedas do filho do vice-presidente promovido à diretoria do Banco do Brasil.  Um salário de 12 mil passa a 36 como um dos primeiros atos da presidência da entidade. Um episódio rico em erros de oportunidade e de postura. Pois, nem bem chegados ao poder, nem esquentaram as cadeiras e já surge um primeiro caso suspeito, que será explorado pela oposição como: “somos todos iguais, é só questão de oportunidade”.


O que faria Castelo Branco ( acredito eu )?

Aceitaria a explicação da não interferência do vice na nomeação e demitiria sumariamente o presidente do Banco do Brasil. Não perderia a oportunidade de estabelecer a marca do seu governo. O rigor no respeito a ética e a moral é responsabilidade do presidente e é intransferível. O exemplo tem que vir de cima. As punições castigam, mas só o exemplo educa.

Este episódio, segundo o super Guedes: “seria ruim, se não fosse bom”! Será bom por ser mais um prego no caixāo funerário das empresas do governo. É mais um fato a mostrar a vulnerabilidade aos desmandos da empresa governamental. E como disse o atual Presidente do Banco do Brasil : “ a ordem é privatizar tudo”. Ele sabe das coisas, será que está criando clima para cumprir a ordem ou não resistiu à tentação? Alias quem resistiria a não ser um Castelo Branco?






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