quarta-feira, 17 de julho de 2019

O Ovo ou a Galinha

Com razão uma parcela dos eleitores do Presidente Bolsonaro está incomodada com a redução dos 36 ministérios para 20 e não mais dos 15 prometidos em campanha. A alteração é quase irrelevante se a alteracao ficar limitada à titularidade. Um super ministro com secretarias equivalentes aos ministérios cancelados terá como resultado um resultado pífio.

O prometido enxugamento da máquina público será frustrante se se limitar ao número de ministros. E, talvez, como já foi comentado por experientes administradores públicos, os custos continuaram iguais e a lentidão das decisões serão aumentadas. O resultado previsível será os consequentes desdobramentos até se retornar ao leito natural com as águas de um rio.

Uma cirurgia eficaz seria o cancelamento das verbas dos ministérios inúteis. Pois é de economia de dinheiro , de redução das despesas que se objetiva. Cortar títulos por si só não trará a economia desejada  nem em recursos financeiros e nem na produção da enxurrada de normas e leis que estão sufocando a atividade produtiva da nação.

Se realmente o objetivo é desinchar Leviatã , a eficácia recomenda eliminar as verbas do ministério com a missão de um responsável ( secretario ou ministro ) enquadrar os gastos da máquina ao tamanho do orçamento e não vice-versa. Neste caso, ao contrário da matemática, a ordem dos fatores altera o produto. Sem verba não haverá inclusive disputa por ministérios de fachada.

Em nem todos os casos a importância da ordem das coisas é tão cristalina, como a questão não resolvida da elucidação de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Mas se não se cortar as funções não haverá corte dos custos de pessoal.

Jorge Simeira Jacob_



Nenhum comentário:

Postar um comentário