O Ovo ou a Galinha
Com razão uma parcela dos eleitores do Presidente Bolsonaro está incomodada com a redução dos 36 ministérios para 20 e não mais dos 15 prometidos em campanha. A alteração é quase irrelevante se a alteracao ficar limitada à titularidade. Um super ministro com secretarias equivalentes aos ministérios cancelados terá como resultado um resultado pífio.
O prometido enxugamento da máquina público será frustrante se se limitar ao número de ministros. E, talvez, como já foi comentado por experientes administradores públicos, os custos continuaram iguais e a lentidão das decisões serão aumentadas. O resultado previsível será os consequentes desdobramentos até se retornar ao leito natural com as águas de um rio.
Uma cirurgia eficaz seria o cancelamento das verbas dos ministérios inúteis. Pois é de economia de dinheiro , de redução das despesas que se objetiva. Cortar títulos por si só não trará a economia desejada nem em recursos financeiros e nem na produção da enxurrada de normas e leis que estão sufocando a atividade produtiva da nação.
Se realmente o objetivo é desinchar Leviatã , a eficácia recomenda eliminar as verbas do ministério com a missão de um responsável ( secretario ou ministro ) enquadrar os gastos da máquina ao tamanho do orçamento e não vice-versa. Neste caso, ao contrário da matemática, a ordem dos fatores altera o produto. Sem verba não haverá inclusive disputa por ministérios de fachada.
Em nem todos os casos a importância da ordem das coisas é tão cristalina, como a questão não resolvida da elucidação de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Mas se não se cortar as funções não haverá corte dos custos de pessoal.
Jorge Simeira Jacob_
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