domingo, 21 de julho de 2019

A Mãe do Mundo.


Vivi ouvindo  a voz do povo dizer que a necessidade era a mãe do mundo. Por muito tempo fiz coro a essa crença até que me dei conta de estar sendo levado por uma falácia. Pois, se esta fosse a verdade, as regiões criativas e, por consequência ricas, seriam o  - Nordeste, África, Índia... . E não o contrario - o sul do Brasil, os Estados Unidos e regiões da Europa.

Necessidade aqui entendida como a condição mínima de sobrevivência, condições ditas como   básicas: alimentação, agasalhou  e residência. A necessidade secundária, referida neste contexto, como  aspirações se referem à ambição de poder, autorrealização e posições de status.

A  necessidade  em si tem mais a ver com o conformismo, com o comodismo, que movem o homem pela fome, frio, calor e abrigo. Estes  satisfeitos cedem às leis da  natureza humana que  valorizam:a lei do menor esforço;  do mínimo risco; e do benefício imediato. Plantar para colher - estudar, economizar, empreender - exige a  aspiração de de melhorar, de se destacar, de ser valorizado por ser útil. 

A  aspiração não é comum a todos os humanos, mas  brota em muitos pela competição. Um desafio  mexe com nosso amor próprio . Apostar  no jogo para vencer o azar; disputar no esporte para superar os adversários; criar empresas para superar a concorrência... Aventuras  que, não poucas vezes, vai ao nível da própria sobrevivência física ou dos negócios. Quantos exemplos são notórios de  disputas levadas ao extremo? Jogadores que arriscam até o que não têm; esportistas e empresários que superam os seus limites; políticos  que apostam as suas posições...

São estas reflexões que me alertaram para a falácia  e deram a visão de que o a mãe do mundo é a competição ( não confundir com  concorrência ). Sem desafio  o homen se acomoda. Foi a competição que fez a riqueza dos países ricos e dos homens prósperos. Foi a  volúpia de superar  os recordes que faz com que sejam quebrados a cada Maratona. Foi o desejo de se destacar que motivaram os premiados pelo Nobel.

Como também foi a falta de competição que manteve no atraso e na pobreza as regiões subdesenvolvidas do nosso mundo. Faltou nestes clima propicio ao  desafio  para acender as suas aspirações de autorrealização. Realização que   é uma aspiração que mora no fundo da alma. Tão geral é este sentimento que, atingido os seus objetivos,    muitos doam seus prêmios: Fleming abriu mão dos direitos da penicilina em favor da humanidade; empresários doam seus patrimônios à causas beneficentes; e  políticos poderosos morrem pobres . Não é isto prova de que a motivo não era o acúmulo de bens e honrarias, mas a motivação de   se realizar no conceito dos seus pares e de si mesmo? Não é prova bastante para comprovar que não foi  o risco da sobrevivência que os motivou? 

Este é só mais um caso em que a voz do povo não é a de Deus. A voz deste é a que  está impressa no nosso DNA , a de   nós nos movemos quando estimulados  a competir. O que faz as nações prósperas é onde mais competição existe. E esta existe onde há liberdade de empreender ; onde o que  faz  respeitados os cidadãos é  se sobressair   concorrendo com lisura pessoal e profissional.




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