A Mãe do Mundo.
Vivi ouvindo a voz do povo dizer que a necessidade era a mãe do mundo. Por muito tempo fiz coro a essa crença até que me dei conta de estar sendo levado por uma falácia. Pois, se esta fosse a verdade, as regiões criativas e, por consequência ricas, seriam o - Nordeste, África, Índia... . E não o contrario - o sul do Brasil, os Estados Unidos e regiões da Europa.
Necessidade aqui entendida como a condição mínima de sobrevivência, condições ditas como básicas: alimentação, agasalhou e residência. A necessidade secundária, referida neste contexto, como aspirações se referem à ambição de poder, autorrealização e posições de status.
A necessidade em si tem mais a ver com o conformismo, com o comodismo, que movem o homem pela fome, frio, calor e abrigo. Estes satisfeitos cedem às leis da natureza humana que valorizam:a lei do menor esforço; do mínimo risco; e do benefício imediato. Plantar para colher - estudar, economizar, empreender - exige a aspiração de de melhorar, de se destacar, de ser valorizado por ser útil.
A aspiração não é comum a todos os humanos, mas brota em muitos pela competição. Um desafio mexe com nosso amor próprio . Apostar no jogo para vencer o azar; disputar no esporte para superar os adversários; criar empresas para superar a concorrência... Aventuras que, não poucas vezes, vai ao nível da própria sobrevivência física ou dos negócios. Quantos exemplos são notórios de disputas levadas ao extremo? Jogadores que arriscam até o que não têm; esportistas e empresários que superam os seus limites; políticos que apostam as suas posições...
São estas reflexões que me alertaram para a falácia e deram a visão de que o a mãe do mundo é a competição ( não confundir com concorrência ). Sem desafio o homen se acomoda. Foi a competição que fez a riqueza dos países ricos e dos homens prósperos. Foi a volúpia de superar os recordes que faz com que sejam quebrados a cada Maratona. Foi o desejo de se destacar que motivaram os premiados pelo Nobel.
Como também foi a falta de competição que manteve no atraso e na pobreza as regiões subdesenvolvidas do nosso mundo. Faltou nestes clima propicio ao desafio para acender as suas aspirações de autorrealização. Realização que é uma aspiração que mora no fundo da alma. Tão geral é este sentimento que, atingido os seus objetivos, muitos doam seus prêmios: Fleming abriu mão dos direitos da penicilina em favor da humanidade; empresários doam seus patrimônios à causas beneficentes; e políticos poderosos morrem pobres . Não é isto prova de que a motivo não era o acúmulo de bens e honrarias, mas a motivação de se realizar no conceito dos seus pares e de si mesmo? Não é prova bastante para comprovar que não foi o risco da sobrevivência que os motivou?
Este é só mais um caso em que a voz do povo não é a de Deus. A voz deste é a que está impressa no nosso DNA , a de nós nos movemos quando estimulados a competir. O que faz as nações prósperas é onde mais competição existe. E esta existe onde há liberdade de empreender ; onde o que faz respeitados os cidadãos é se sobressair concorrendo com lisura pessoal e profissional.
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