O Simples Assusta o Néscio.
Há falácias cercando-nos por todos os lados. Somos uma ilha rodeada por elas. Por questões óbvias, as mentiras declaradas são inofensivas, não enganam a ninguém e as verdades são imortais, sobrevivem ao tempo, aos questionamentos e enfrentam até cara feia.
Já as falácias ou meias-verdades, assunto deste texto, deveriam ter vida curta - segundo Lincoln. Para ele “pode-se enganar muitos por pouco tempo ou poucos por muito tempo, mas é impossível enganar todos por todo o tempo”.
Acontece, porém, contra a opinião de Lincoln, que há meias-verdades enganando muitos por muito tempo. Basta lembrar a crença milenar no geocentrismo, que levou Galileu a abjurar à crença no hélio-centrismo para escapar à fogueira da Santa Inquisição; e a fé centenária no socialismo, que seus adeptos alimentam propondo à cada ação governamental fracassada maior dose do mesmo remédio, nunca menor ou sua eliminação.
As aparências de verdade enganam na exata proporção da convicção dos seus defensores: os inquisidores e os estatófilos. Eles sofrem de cegueira mental, que dá vida longa às falácias por serem vítimas das piores cegueiras - o não querer ver ou a defesa do seu quinhão.
Exceção à regra e mestre no desmentir as falsidades econômicas foi Frederic Bastiat. Não só queria ver, mas, sobretudo, sabia ver, tinha visão aguçada. Seus artigos nos jornais e seus discursos na Assembleia Francesa, no século 19, chocavam pela clareza e pela simplicidade com que enfrentava problemas complexos.
Incrível, porém, que mesmo depois de tantos anos de sua pregação, suas ideias ainda não foram totalmente assimiladas. Certamente por serem a transformação do complexo em simples. O simples assusta o néscio! Este adora complicar!
Bastiat assusta por descomplicar. Transmite a impressão de não encarar os problemas na dicotomia de fáceis ou difíceis, mas na de simples ou complexos. O que nos leva a concluir que sua sabedoria foi transformar o complexo em simples. Isto, sim, é difícil.
Nessa sabedoria estava sua genialidade. Como a de Isaac Newton que, diante da complexidade do funcionamento do universo simplificou-a na Lei da Gravidade, fazendo o que era difícil se tornar-se simples a qualquer criança.
Bastiat desmitificava falácias econômicas com contundência, com exemplos práticos, com elegante ironia e argumentação irrefutável. Apesar disto, os sofismas econômicos não foram eliminadas, nem no mundo nem na sua terra, a França - onde predicou.
Entre as falácias sobreviventes ao seu discurso, que ainda encontra muito eco, está a de que a economia necessita da intervenção do governo para corrigir as imperfeições do mercado. Como se o mercado, abstração que é apenas um retrato das ações humanas, pudesse ser o ator no processo e não um simples cenário.
A economia anda par a par com a ecologia: quanto menos interferência externa, mais exuberante. Ambas têm a sua natureza, são ecológicas; se respeitadas, mantêm-se em equilíbrio. Ambas, a ecologia e a economia, como é inerente à natureza, reagem às intromissões e aos predadores. Qualquer ação externa tem consequências que podem desencadear reações nem sempre as desejadas. E o mercado, como a natureza, tarda mas não falha.
Entender a simplicidade das leis da economia de mercado é dose para um Bastiat. O simples assusta o néscio. Descomplicar é difícil, complicar é muito mais fácil!os lados. Somos uma ilha rodeada por elas. Por questões óbvias, as mentiras declaradas são inofensivas, não enganam a ninguém e as verdades são imortais, sobrevivem ao tempo, aos questionamentos e enfrentam até cara feia.
Já as falácias ou meias-verdades, assunto deste texto, deveriam ter vida curta - segundo Lincoln. Para ele “pode-se enganar muitos por pouco tempo ou poucos por muito tempo, mas é impossível enganar todos por todo o tempo”.
Acontece, porém, contra a opinião de Lincoln, que há meias-verdades enganando muitos por muito tempo. Basta lembrar a crença milenar no geocentrismo, que levou Galileu a abjurar à crença no heliocentrismo para escapar à fogueira da Santa Inquisição ; e a fé centenária no socialismo, que seus adeptos alimentam propondo, à cada ação governamental fracassada maior dose do mesmo remédio e nunca menor ou a sua eliminação.
As aparências de verdade enganam na exata proporção da convicção dos seus defensores: os inquisidores e os estatófilos. Eles sofrem das piores cegueira mental, que dá vida longa às falácias por serem vítimas das piores das cegueiras - o não querer ver ou a defesa do seu quinhão.
Exceção à regra e mestre no desmentir as falsidades econômicas foi Frederic Bastiat. Não só queria ver, mas, sobretudo, sabia ver, tinha visão aguçada. Seus artigos nos jornais e Seus discursos na Assembleia Francesa, no século 19 ,chocavam pela clareza e pela simplicidade com que enfrentava problemas complexos.
Incrível, porém, que mesmo depois de tantos anos de sua pregação , suas ideias ainda não foram totalmente assimiladas. Certamente por serem a transformação do complexo em simples. O simples assusta o néscio! Este adora complicar!
Bastiat assusta por descomplicar. Transmite a impressão de não encarar os problemas na dicotomia de fáceis ou difíceis, mas na de simples ou complexos. O que nos leva a concluir que a sua sabedoria foi transformar o complexo em simples. Isto, sim, é difícil.
Nessa sabedoria estava a sua genialidade. Como a de Issac Newton que diante da complexidade do funcionamento do universo simplificou-a na Lei da Gravidade, fazendo o que era difícil tornar-se simples à qualquer criança.
Bastiat desmitificava falácias econômicas com contundência, com exemplos práticos, com elegante ironia e argumentação irrefutável. Apesar disto, os sofismas econômicos não foram eliminadas, nem no mundo e nem na sua terra, a França - onde predicou.
Entre as falácias sobreviventes ao seu discurso, que ainda encontra muito eco, está a de que a economia necessita da intervenção do governo para corrigir as imperfeições do mercado. Como se o mercado, esta abstração que só é um retrato das ações humanas , pudesse ser o ator no processo e não um simples cenário.
A economia anda par a par com a ecologia, quanto menos interferência externa mais exuberante. Ambas têm a sua natureza, são ecológicas , se respeitadas mantém-se em equilíbrio. Ambas, como é inerente à natureza, a ecologia e a economia reagem às intromissões e aos predadores. Qualquer ação externa tem consequências que podem desencadear reações nem sempre as desejadas. E o mercado, como a natureza, tarda mas não falha.
Entender a simplicidade das leis da economia de mercado é dose para um Bastiat. O simples assusta o néscio. Descomplicar é difícil, complicar é muito mais fácil!
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