sábado, 15 de fevereiro de 2025

 A Revolução Cultural Silenciosa


Não são poucos os livros que tratam da atual Revolução Cultural. Outras épocas na historia da humanidade, que provocaram mudanças radicais sócio-política-econômicas,  também foram registradas em livros.


O Capital  Karl Marx provou uma uma revolução cultural   questionamento o capitalismo, baseado na propriedade privada, na liberdade individual e na economia de mercado. A  proposta comunista de economia centralizada,   propriedade só estatizada  e da supremacia do social sobre as vontades individuais provocou muitas revoluções com mortes.


Os  Cadernos do Cárceres de Antonio Gramsci, comunista italiano, revolucionou a cultura vigente com uma  estratégia ( marxista ) de tomada pelo poder não pela força, mas por uma ação cultural.


Essa revolução cultural  concentrou-se em converter aos ideais comunistas os formadores de opinião. Os intelectuais dos partidos socialistas cooptaram os universitários, intelectuais dos meios  de comunicação e  os políticos para o ideal socialista.


As massas seriam convertidas pelos comunicadores com uma retórica acessível ao nível do seu despreparo académico. Os resultados foram os melhores. Os partidos socialistas tornaram-se uma forte força nas eleições mundo à fora .


Um evento pratico fez um estrago no proselitismo socialista. A queda do muro de Berlin, com a falência da URSS, que abriu ao mundo os horrores do comunismo. 

O capitalismo — propriedade privada, liberdade individual e a economia de mercado — tinha aniquilado o comunismo. 


Fukuyama, intelectual americano, precipitou-se cantando vitoria no seu famoso texto O Fim da História, que previa  agora só existir um modelo — a democracia liberal. 


Ledo engano. Os socialistas reagiram reorganizando-se. O Fórum de Sao Paulo, iniciativa de Fidel Castro e Lula, tornou-se uma referencia de união e de difusão de ideias  para os partidos políticos de todo mundo.


Sem dúvidas os  socialistas estavam sendo bem sucedidos na revolução cultural no mundo subdesenvolvido. Pouco era divulgado ao trabalho de catequese desenvolvidos pelos comunistas  nos Estados Unidos da America ( EUA ).


A  catequese comunista nos  EUA  foi desvendada no livro Revolucao Cultural Silenciosa do autor Christopher F. Rufo de 2024, editora Avis Rara, Neste texto de leitura fácil,  em  351 paginas de historia social muito bem contada, aprende-se o quanto e como a nação americana, tida como líder mundial do capitalismo, têm a sua cultura sendo minada por  uma revolução cultural socialista.


Surpreende na leitura saber a eficácia da ação  dos adeptos do comunismo nos EUA. Surge como influenciador o filosofo Herbert Marcuse, que foi seguido por diversos ativistas inclusive pelo comunista  brasileiro Paulo Freire, que influenciou a educação com a sua Teoria dos Oprimidos.


É sabido que  às massas não são acessíveis  a teorias abstratas. Elas reagem ao prático e aos resultados de curto prazo. A fim de atender a estas características os

estrategistas  desenvolveram conceitos que, agora arraigados na sociedade, emergiram de uma fusão astuta entre marxismo  ideologia identitária, vulgarmente identificada  como  Agenda  Woke*, que estimula a inveja, a revolta e o sentimento de vingança das minorias — sentimento latente nos “oprimidos”.


Segundo o autor: “ essas ideias subverteram o conceito de igualdade de oportunidades , trocando- o pela busca por igualdade de resultados; enfraqueceram os direitos individuais em favor das identidades de grupos…”


As grandes lideranças dessa revolução foram Herbert Marcuse, Angela Davis, Paulo Freire e Derrick Bell, que merecem cada um deles um capítulo do livro. É surpreendente na leitura constatar a influência das ideias e as suas consequências no país líder do mundo!


Em linguagem prática, a estratégia da ideologia identitária foi  alcançar as minorias, que se sentiam inferiorizados na sociedade: os negros, os pobres, as mulheres… Ou os sensíveis à ameaças:  catástrofe ecológica, densidade demográfica, identidade de gênero…


Explorando ideias eleiçoreiras com base na desigualdade.Pois tudo  era consequência, não do mérito, mas de uma injustiça social, que seria corrigida no comunismo. Neste todos são iguais…em  teoria, pois não foi a sua prática nos países comunistas.


O presidente da Argentina, Javier Milei, líder mundial da liberdade, consciente da importância da batalha cultural, com exemplo inquestionável, levanta o caso do Chile. Diz ele:” a reforma do Estado feita no Chile, ainda que tenha elevado  o país  à melhor renda per capita da região e tirado milhões da miséria, passada a fase revolucionária, retornou ao socialismo que a tinha empobrecido”.


 Reafirma ele a sua convicção de que não basta reestruturar o governo, sanar as finanças, se não se vencer a batalha cultural. 


Uma contra revolução está em curso. Os adeptos da democracia liberal, na atual contra -revolução, devem convencer as pessoas de   não haver substituto para os valores da democracia casada com o capitalismo.


O socialismo só produziu no mundo até agora mortes, miséria e injustiça. Foi a revolução capitalista que tirou o mundo da miséria e da opressão.


Leiam A Revolução Cultural Silenciosa para vacinar-se contra o canto da sereia dos movimentos identitários, Agenda Woke,  com a proposta de inclusão, diversidade e equidade, construídas para atrair os que se sentem oprimidos, não para libertá-los, mas para tomar o poder.


*O uso do termo "woke" surgiu na comunidade afro-americana. Originalmente, ele queria dizer "estar alerta para a injustiça racial". Um movimento da esquerda com objetivo político. 



São Paulo, 01 de fevereiro de 2025.

Jorge Wilson Simeira Jacob















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