terça-feira, 17 de março de 2020

Small Is Beautiful.


Psicopata é um Transtorno de Personalidade caracterizado por traços audaciosos, desinibidos e egoístas. Uma designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida.

Wikipédia 


Pode ser exagero afirmar categoricamente que o mundo tem sido governado dominantemente por psicopatas. Mas que dá vontade dá, tantas são as evidências. Basta olhar na história a  disputa pelo poder, quer nas democracias quer nas ditaduras, para ver que a  política é uma competição selvagem. Não é um jogo fácil para quem tem estômago fraco. Um indivíduo psicologicamente sadio tem parâmetros  éticos, morais e humanísticos a pautar as suas ações, o que o coloca em desvantagem nas disputas pelo poder. O mesmo não ocorre com psicopatas. Não tendo, como ensina a teoria, nem empatia e nem remorsos, não conhecem parâmetros para satisfazer uma ambição desmedida. Carentes de  superego, não tem escrúpulos e jogam até  última cartada, cujas apostas estão no limite dos seus egos.  Não faltam exemplos de assassinatos, traições, roubos nas trajetórias de inúmeros líderes políticos. É um vale-tudo! A amoralidade exarcebada não impede a conciliação entre inimigos, quando os interesses convergem. Aperta-se a mesma mão que antes o apunhalou; apunhala-se o  que antes o afagou! . Nada deixa magoa pessoal - a agressão à sua honra e à sua vida fazem parte do jogo. Não se passa recibo, como dizem.

Não é necessário um Freud para explicar um Bórgia, Hitler, Stálin, Fidel, Trump... sem mencionar os nossos - que não são poucos. Todos com fortes sinais de Transtorno de Personalidade. Vargas Lhosa conta no livro Peixe Fora D’Agua a sua experiência como candidato à Presidência do Peru, em que foi enganado e vencido pelo atual presidiário, o  inescrupuloso ex-presidente Fujimori. Descobrindo ele, na pratica,  que a  política é uma praia diferente,  voltou a escrever seus maravilhosos textos,  agora na sua água. De outro lado, nós, não como candidatos, mas como eleitores, não aprendemos com Lhosa a lição da história e, por isto, continuamos como peixes fora d’água votando em sedutores psicopatas. E depois ficamos frustrados quando, no governo, eles ignoram as promessas eleitoreiras para só cuidar da permanência no poder e  no culto da vaidade pessoal.

Não somos, porém,  impotentes, como cidadãos podemos mudar ( influenciar ) o curso da história, mas nem nós e nem os psicólogos o somos para  alterar a natureza humana. Como  ela é imutável, resta-nos para  adaptação  ao jogo ter  consciência do risco  na escolha de um candidato. À margem de erro é grande. Eles só se mostram de corpo inteiro quando assumem  o poder. Assim, o bom senso encaminha-nos, como defesa,  a não apostar em pessoas, mas nas instituições. Limitar o poder do governo - eleições livres para poder eliminar os indesejáveis e o sistema de checks and balances ( executivo, legislativo e judiciário ), a par de um governo mínimo,  é priorizar as instituições e não as pessoas. Ao poder  executivo, que é onde os psicopatas podem causar maior estrago, pela concentração de poder e influência, deve-se  delegar  o mínimo necessário para governar. O nosso voto tem muito valor para darmos  poder para um indivíduo ( talvez um psicótico ) fazer o mal. Mas como o governo é um mal necessário, quanto menor, melhor - por isto o governo deve ser Small  para ser  Beautiful.




As Minhas Reflexões.
Jorge Wilson Simeira Jacob

17 de março de 2020.

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