Saúde, Coragem E Sorte.
A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio medo.
Presidente Franklin Delano Roosevelt
Só os loucos desconhecem o medo. Ele é uma defesa natural importante para preservação da vida. Os insanos correm riscos desmedidos. Não há, portanto, motivo para sentir-se diminuído com este sentimento. Se o medo é natural, não o é o pânico. O pânico é irracional! Deixar-se dominar pelas ameaças é aumentar o risco à própria sobrevivência e/ou aos nossos projetos. Racional é ter consciência de que dependemos de três condições para enfrentar com chance de sucesso as batalhas da vida: a saúde, a coragem e a sorte. Manter-se saudável física e mentalmente e com determinação de enfrentar os desafios, sem esmorecer, são dois terços da guerra ganha, o restante depende da sorte - a qual só premia os que estão na luta.
Neste momento crítico mundial, o coronavirus covid-19 ameaça o nosso tripé . Ao colocar em risco a nossa saúde e as nossas finanças acaba por afetar o nosso ânimo. Mas ficar imobilizados à espera da sorte é a receita do azar. O desafio do momento exige tomar ao pé da letra as medidas preventivas ao vírus :
- não contaminar e evitar ser contaminado;
- e , como pregava Roosevelt, só ter medo do próprio medo.
A epidemia viral será superada em poucos meses. Na China durou três meses - janeiro a março - afetando gravemente os idosos ou pessoas enfraquecidas por problemas de saúde. A superação do mal foi obtida com limitar ao máximo o contato físico para conter o contágio. Esta medida foi eficaz, mas teve sérias consequências econômicas e financeiras para as empresas e indivíduos, a tal ponto que, para evitar o colapso da economia ( desemprego em massa, desabastecimento, falência do serviço público ), os governos - conscientes da gravidade da situação - veem dando folga financeira às empresas e auxílio aos trabalhadores. Nos Estados Unidos, como exemplo, cada cidadão receberá um bônus de hum mil dólares para irrigar a economia e evitar uma depressão econômica, a qual em última instância atingiria o seu próprio orçamento. Algo semelhante deverá acontecer aqui.
Em fevereiro de 1966, em face da profunda crise econômica, o ministro Roberto Campos tomou uma série de medidas de estímulo à economia:
- decretou uma moratória geral. Todos os vencimentos de dividas foram prorrogados;
- e uma redução de 100% dos impostos sobre o consumo, que retornavam na base de 1/4 por mês. A partir de março a vida econômica voltou à normalidade. Foi uma época dura em que só foram premiados pela sorte os que conservaram a saúde e a coragem. Uma lição da história para os dias de hoje.
As Minhas Reflexões.
Jorge Wilson Simeira Jacob
19 de março de 2020.
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