quinta-feira, 19 de março de 2020

Saúde, Coragem E Sorte.



A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio medo.



Só os loucos desconhecem  o medo. Ele é uma defesa natural importante  para preservação da vida. Os insanos correm riscos desmedidos. Não há, portanto, motivo para sentir-se diminuído com este sentimento. Se o medo é natural, não o é o pânico. O pânico é irracional! Deixar-se dominar pelas ameaças  é aumentar o risco à  própria sobrevivência  e/ou aos  nossos projetos. Racional é ter consciência de que dependemos de três  condições para enfrentar  com chance de sucesso as batalhas da vida: a saúde, a coragem e a sorte. Manter-se saudável física e mentalmente e com determinação de enfrentar os desafios, sem esmorecer, são dois terços da guerra ganha, o restante depende da sorte - a qual só premia os que estão na luta. 

Neste  momento crítico mundial, o coronavirus  covid-19 ameaça o nosso tripé . Ao colocar em risco a nossa saúde e as nossas finanças acaba por  afetar o nosso ânimo. Mas ficar imobilizados à espera da sorte é a receita do azar. O  desafio do momento exige  tomar ao pé da letra as  medidas preventivas ao vírus :

 - não contaminar e evitar ser contaminado; 
 - e , como pregava Roosevelt, só ter medo do próprio medo.

A epidemia viral será superada em poucos meses. Na China durou três meses - janeiro a março - afetando gravemente os idosos ou pessoas enfraquecidas por problemas de saúde. A superação do mal foi obtida com limitar ao máximo o contato físico para conter o contágio. Esta  medida foi eficaz, mas teve sérias consequências econômicas e financeiras para as empresas e indivíduos, a tal ponto  que, para  evitar o colapso da economia (  desemprego em massa, desabastecimento, falência do serviço público ),  os governos - conscientes da gravidade da situação - veem dando folga financeira às empresas e auxílio aos trabalhadores. Nos Estados Unidos, como exemplo,  cada cidadão receberá um bônus de hum mil dólares para irrigar a economia e evitar uma depressão econômica, a qual em última instância atingiria o seu próprio orçamento. Algo semelhante deverá acontecer aqui.

Em fevereiro de  1966, em face da profunda crise  econômica, o ministro Roberto Campos tomou uma série de medidas de estímulo à economia: 

  • decretou  uma moratória geral. Todos os vencimentos de dividas foram prorrogados;  
  • e uma redução de 100% dos impostos sobre o consumo, que retornavam na base de 1/4 por mês. A partir de março a vida  econômica voltou à normalidade. Foi uma época dura em que só foram premiados pela sorte os que  conservaram a saúde e a coragem. Uma lição da história para os dias de hoje.

As Minhas Reflexões.
Jorge Wilson Simeira Jacob

19 de março de 2020.

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