sábado, 16 de novembro de 2024

 



Uma oportunidade perdida.


O general Paulo Chagas, ex candidato a governador de Brasília, um patriota acima de qualquer suspeita, como bom cidadão assiste com apreensão o avanço das ideias socialistas neste país. 


O texto dele, que reproduzo abaixo por considerar uma oportuna crítica à reforma tributária, é impecável. 


Realmente os burocratas que elaboraram a proposta da reforma, diante da encomenda de desenhar um cavalo, de tanto complicar, pintaram um camelo. Disse bem o general Paulo: a emenda saiu pior do que o soneto. Aquilo que reconhecidamente é ruim, vai ficar pior.


Roberto Campos, a maior inteligência e cultura de toda a história do Brasil, entre as suas sábias sentenças, dizia com a sua conhecida verve de que  “ o Brasil não perde uma única oportunidade de perder uma oportunidade” .  E esta reforma tributária é uma delas.


Diante do unânime consenso do desastre que é o atual  sistema tributário e da necessidade de uma nova formatação; diante do clima político e social favorável à mudança, com o “camelo” que vamos adotar estamos  desperdiçando uma grande oportunidade.



Essa preocupação está bem exposta no feliz  texto do General Paulo Chagas, a seguir. Ao qual nada há a acrescentar: 




“A REFORMA TRIBUTÁRIA DO GOVERNO LULA


Sobre a proposta de REFORMA TRIBUTÁRIA DO GOVERNO LULA, em rápida consulta a quem sabe, aprendi que é uma "emenda pior do que o soneto". 


Partindo do princípio de que para complicar, basta esforço e que, para simplificar, é necessário lucidez, algo ausente no DNA dos burocratas, a implantação dessa reforma é uma loucura capaz de "transformar cavalo em camelo". 


Aprendi que aprová-la é um erro grave, pois concentra mais poder em Brasília, tem alto custo fiscal e propõe uma alíquota de valor agregado superior a 27,5%. Além das incertezas inerentes às circunstâncias, é mais um passo em direção ao completo controle do país, tornando estados e municípios dependentes da União, que centraliza a arrecadação, sepultando de vez o princípio da subsidiariedade. 


Independente de ser uma proposta visceralmente socialista, o que por si só já é motivo de desconfiança, não é bom que seja aprovada. É anti-liberal, concentradora e um convite ao perfil corrupto dos que se alimentam e enriquecem nas tetas da nação. 


É o que basta para que não seja aprovada de afogadilho ou na calada da noite, como sói acontecer”.


São Paulo,31 de outubro de 2024.

Jorge Wilson Simeira Jacob



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