sábado, 8 de maio de 2021

 Eles são incorrigíveis!


Um cidadão inglês peticionou ao governo o cancelamento do seu passaporte. O caso gerou enorme espanto. Nunca, em tempo algum, alguém havia renunciado à cidadania britânica. Aquele gesto feria o amor próprio do governo. Uma explicação foi exigida. Na entrevista  os funcionários da chancelaria ouviram a seguinte explicação: - antigamente, nos tempos do Oscar Wilde, o homossexualismo era crime; depois passou a ser aceito; e agora está sendo elogiado . Vou embora antes que seja obrigatório!


Um outro cidadão, um  brasileiro,  peticiona o cancelamento do seu título de eleitor. O caso não gera nenhum espanto. Há muito, em tempos recentes, os brasileiros não estão orgulhosos com os resultados das urnas. Ninguém tomou conhecimento do pedido, mas um gaiato, por curiosidade, pergunta ao dito cujo o por quê. A resposta:  - antigamente o voto era de cabresto; depois ficou obrigatório, agora está encaminhando a  ser compulsório  votar em  candidatos  impostos pelos partidos. Vou rasgar o título de eleitor enquanto é tempo!


Joseph Alois Schumpeter tinha razão no seu pessimismo com o futuro da liberdade individual . Mostrava, com exemplos, que os intervencionistas,  à cada fracasso , reagiam com mais e não com menos intervenções na vida econômica e social. Porém foram tantos anos de experiências desastrosas ( controle de natalidade na China, caça de boi no pasto pelo Funaro.... ) que  o estoque de bobagens parecia ter  chegado ao final. Afinal depois de séculos de fracasso da “ engenharia social “ era de se esperar que algum aprendizado tivesse ficado. Infelizmente, a genética do idiota, é imutável. É inesgotável a criatividade dos intervencionistas. Schumpeter tinha razão , a cada fracasso se segue dose maior da mesma fracassada solução. Até nos Estados Unidos, com uma história bem sucedido de respeito à liberdade individual, vêm se experimentando crescentes ações intervencionistas: de  Obama com o Obamacare , de Trump com as suas sanções políticas e econômicas e o do Biden com os seus gastos trilhionarios . Não há , portanto, de admirar-se com as  recentes propostas sendo votadas nos nossos legislativos dando bonus financeiro aos partidos * ( cota de candidatas já existe ) para o número de mulheres eleitas para dar-lhes  oportunidade. Como certamente os eleitores escolherão de acordo com a sua preferência ( ainda não é obrigatória a escolha do candidato) a iniciativa fracassará e o próximo passo será o voto compulsório em candidatos indicados por algum/a  iluminado/a. É do balacobaco!!!


É do balacobaco pelo fato das  mulheres , por não serem inferiores, não precisarem desta muleta para competir com os homens ** por qualquer posição em qualquer atividade. Elas  têm méritos para em regime de liberdade conseguirem o seu lugar ao sol sem o demérito do protecionismo. As proteções ferem a dignidade, só o reconhecimento do mérito pessoal dignifica!


Os intervencionistas são como os peronistas do escritor argentino Jorge Luiz Borges: eles no poder não são nem bons nem ruins : eles são incorrigíveis”... na ingenuidade ou no cinismo - digo eu.


* ler matéria na página 8, Política, no Estadão de 08. 05. 21.

* *se o leitor ficar tentado a ver machismo neste texto, sugiro ler o meu artigo, neste blogue, A hora e a vez das mulheres!

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