quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

 

Vai Faltar Areia No Saara!


Há inúmeras , felizmente cada vez menos, pessoas que esperam do governo a criação de riqueza. As experiências fracassadas ( sem excessão) mataram as ilusões do governo ser bom gestor de qualquer atividade econômica. O mito do rei Midas, que tinha o poder de  transformar  em ouro tudo o que tocava, não tem nada a ver com os governantes. A não ser no poder de destruir, desorganizar, desvalorizar tudo o que lhes cai na mão. A diferença de Midas e dos governos intervencionistas, está que Midas transformava lixo em ouro e os governos conseguem fazer o contrário. O poder de Midas voltou-se contra ele, o dos governantes, contra nós. Eles não foram aquinhoados com o  poder de fazer riquezas, mas de fazer miséria. Tudo o que cai em suas mãos ou não funciona, custa caro e não é confiável. Enquanto a iniciativa privada cria valor, o governo destrói. Tudo, de minas de ouro, poços de petróleo, ferrovias..., só se prestam a criar vassalagem, corrupção e desvirtuamento das funções das empresas. Esta incompetência é universal, desde as expedições exploratórias financiadas por Fernando e Izabel , Reis da Espanha, que descobriram as Américas, passando por Colbert com a empresas francesas de produção de louças, tapeçarias e móveis, até as empresas estatais para produção da moeda, exploração de petróleo, administração dos correios e a cartelização do sistema bancário, tudo atraiu o interesse político dos governantes para atender aos seus projetos pessoais.


O atendimento ao jogo político e aos interesses  dos governantes superaram sempre as desvantagens impingidas aos consumidores.Os indivíduos, cuidadosos dos seus interesses, deveriam proibir que os governantes cuidassem mais do que o essencial: o monopólio da segurança, o império da lei, as relações internacionais e a defesa da soberania nacional. Todo o restante deveria ficar por conta da iniciativa privada, que tem o toque de Midas, a função de criar e distribuir riquezas. Porém com o uso de falácias, manipulação, demagogias os governantes conseguem obnubilar a visão do cidadão. Foram famosas algumas delas: O Petróleo É Nosso! A iniciativa Privada Não tem recursos para as grandes obras! A Ganância dos empresários precisa ser contida!*  A Segurança Nacional corre risco se empresas de capital estrangeiro dominarem atividades estratégicas! E por aí vai! O tempo, porém, é a mãe da verdade! O governo só é competente quando não tem competidores**! Se apostar corrida com um cocho, perde. Como administra mal e fora de foco, o recurso da sua gestão é o monopólio e/ou os subsídios. Este exercício, porém, chegou ao fim, pois a corda foi esticada além do limite. O preço pago pela nação está insuportável: estagnação econômica da décadas, impostos acima da capacidade contributiva do cidadão e a geração da maior corrupção da história. Mesmo assim a privatização não avança. O governo é inepto para criar riqueza e principalmente para corrigir os seus erros. Mas é insuperável na destruição de valor. Se entregarem o deserto de Saara para o governo administrar em pouco tempo teremos escassez de areia, segundo Milton Friedman.


* a ganância do servidor publico deve ser mais temida do que a do empresário. Este está limitado pelo interesse de manter o cliente, ao contrário do burocrata que tem como ambição as benesses do seu cargo, legítimas ou não. As operações das empresas do governo vão de desmando, em desmando, de mal serviço a pior serviço até  sua desmoralização.

**Como sabiamente dizia o Presidente Castelo Branco: se a Petrobras é competente, não precisa do monopólio, se não o é, não o merece!


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