sexta-feira, 30 de abril de 2021

 


Jogo de salão.



Estamos reunidos na sala de visitas com as crianças depois do jantar. Vamos jogar a  atração do momento, um joguinho eletrônico que reproduz as relações internacionais. Dois personagens representam no jogo as duas grandes potências que disputam a liderança dos  mercados. De um lado está Tio Sam, apoiado nas melhores universidades do mundo, empresas com  liderança  mundial em  tecnologia, um sistema político confiável e emissor da única moeda de curso internacional. Mas ameaçado por um endividamento crescente e um competidor que avança a passos largos sobre os mercados. Este poderoso  competidor, Tio Xi, tem as maiores reservas financeiras do mundo, maior credor do Tio Sam, uma cultura nacional estóica, disciplinada e competitiva. No jogo estão sendo disputados  centenas de países, que negociam com os dois líderes mundiais.  Tio Xi representa um mercado de 1bilhao e 400 milhões de consumidores de matérias primas, minerais, alimentos e exportador de produtos industrializados a preços imbatíveis e tecnologia de ponta. Tio Sam é um mercado de 320 milhões, importador comparativamente modesto dos mesmos produtos,  pela menor população e alta participação  da produção local no consumo nacional.


Tio Sam inicia a partida por representar o país mais poderoso do mundo. Analisando os riscos e oportunidades,  ele preocupa-se com o  desequilíbrio comercial em favor do adversário: déficit de 300 bilhões/ano, dependência de suprimentos, perda de competitividade no mercado internacional, dívida de 22 trilhões de dólares, déficit trilhionário  e  com  o volume de títulos do tesouro nas mãos chinesas. Acomodado com a hegemonia mundial, desde a falência da URSS,  vendo o poder escapar entre os dedos, com a arrogância de quem tem a força, em desespero de perdedor abandona  a diplomacia com base no soft power e, sem cerimônias, adota a do  hard power . Joga, colocando em risco a sua liderança mundial,  hostilizando as nações aliadas, renegando os acordos internacionais, expatriando imigrantes e fechando às portas à imigração. Move as suas pedras  regredindo aos tempos do mercantilismo de Colbert: tributa  as importações para proteção da indústria local, proíbe fornecimento de insumos ou componentes para concorrentes estrangeiras da industria local, pressiona os outros  países  a marginalizar os concorrentes chineses, quando  tecnologicamente mais avançados do que os americanos , com uma  uma política de sanções*  que afetam fortemente o sistema financeiro e comercial internacional. Empresas americanas não podem negociar com liberdade nem em suas filiais no exterior, o sistema financeiro é obrigado a fiscalizar o fluxo financeiro sob penalidades bilionárias, se assim decide Tio Sam. Para piorar o quadro, metade dos estados da União, democratas, têm forte viés socialista.


Tio Xi , educado na milenar sabedoria chinesa, não mostra os dentes. Não passa recibo. Faz concessões entregando algumas peças, mas sem alarde, sem ameaças,  dedica-se a diplomacia soft power . Oferece empréstimos e contratos de compra de produtos de todos as vítimas da  truculência americana, colocando sob o seu guarda chuva:  Irã, Venezuela, paizes da África , negociando contratos e  fazendo empréstimos a fundo perdido. Por  incrível ironia,  como líder comunista apresenta-se nos fóruns internacionais como paladino do livre mercado contra o protecionismo americano. Tio Xi, defensivamente,  orienta e estimula a redução do risco da dependência de suprimentos made USA de produtos de tecnologia de ponta e do dólar como moeda das suas transações. Como  maior importador do mundo e tendo poder comercial, tecnológico e financeiro posiciona-se como parceiro indispensável para muitos países. Um observador atento, assistindo ao jogo, verá que o  mundo está sendo cada vez mais dependente da China e concluirá que o Tio Sam está jogando  errado. A China não é a URSS, que foi à falência por ter uma economia anêmica. Ao contrário a chinesa é a economia mais pujante do mundo atual. Enquanto a China adota certas práticas do  capitalismo, os Estados Unidos caminham a passos firmes na direção contrária, aposta no intervencionismo que reduz a sua competitividade. Os primeiros resultados desse mercantilismo barato do Tio Sam  foram pífios **- não derrubou o déficit comercial,  induziu Tio Xi  à busca da auto-suficiência e abriu  espaço para a China ser a liderança mundial. 


O carrilhão soa as doze batidas. Todos  concordam que está na   hora das crianças recolherem-se. O jogo continuará ...  Quem será o vencedor? A ditadura defensora do livre mercado ou a democracia apostando no intervencionismo ? O ganhador receberá como prêmio ser a primeira economia do mundo. Porém , qualquer que seja o resultado, a  língua comercial continuará sendo o inglês, que, mantendo  a hegemonia, não será vencido pelo mandarim.


São Paulo, 30 de abril de 2021.

Jorge Wilson Simeira Jacob


  • Nota do autor - para melhor entender a amplitude do crescente intervencionismo americano deve-se ler o artigo “ Economic Sanctions” , The Economist de 24. 04. 2021, secção Finanças and Economics.             

  • ** Sanctions are now a central tool of governments’ foreign policy. The more they are used, however, the less effective they become. The cost of steering clear of blacklisted people and entities has risen relentlessly, especially for banks. An executive at one global bank says that after being caught and fined for breaching American sanctions, it has spent “a couple of billion” dollars on hiring more compliance people and installing better screening technology to avoid a repeat. The Economist.



segunda-feira, 19 de abril de 2021

 Diário de um otimista.


Segunda-feira, 19 de abril de 2021.


Desde que tenho registrado neste meu diário os fatos do dia a dia, nunca o fiz com melhor humor do que hoje. Acordei disposto como nunca. Sinto-me bem como se estivesse nos meus 18 anos. Comecei o dia com o pé direito. Dormi um sono só, profundo, e com sonhos cor de rosa. Sonhei ter visto na TV o governo comemorando a vitória final sobre a pandemia.  O governo brasonava da  sua liderança lúcida, corajosa e determinada na luta contra o coronavírus. Apresentava dados convincentes: há dias não se registrava mortes pelo covid 19, os hospitais estavam vazios, sobrava vacina, a população tinha sido maciçamente inoculada... Como resultado as quarentenas estavam suspensas em todos os municípios do país. A direção da TV  recebia mensagens de cumprimentos elogiosos ao presidente pelo bom resultado. O clima era de festa. Mostrava a  população  voltando ao trabalho e as empresas contratando para atender um mercado que  retornara com força. A demanda reprimida, como aconteceu nos EUA no fim da pandemia, colocava filas nas portas dos restaurantes, lotava as ruas comerciais e cinemas, congestionava o trânsito, lotava os hotéis...enfim as atividades voltaram e o animo das pessoas era de clima de Natal. Viva a vida! Viva a fase azul! Abaixo o arco-íris das quarentenas! bradava efusivamente o presidente, na TV.  A  fase ruim acabou! Os dias melhores já chegaram! Não fique em casa! Saia! Vá às ruas, ás baladas... Abaixo o medo do calor humano! A vida se faz vivendo!


Eu , que andava pessimista, em meu sonho tive que me render à realidade. Comecei admitindo ter razão os que acreditaram  em dias melhores, os que diziam não haver  bem que sempre dure  e mal que nunca acaba. Finalmente o  mal, que havia sacrificado  gente querida e os desprotegidos, tinha chegado ao fim. Agora  era a hora de cuidar dos vivos, de entrar com o pé direito no futuro. Os ventos tinham  mudado. As notícias ruins tinham se esgotado. Ninguém mais falava em vírus, mas muitos na forte retomada dos negócios. Como sempre acontece notícia boa atrai  notícias boas: a balança comercial é superavitária, os investidores internacionais fazem fila para investir no país, a imprensa internacional elogia o Brasil, as empresas fazem captações bilionárias para investir, as reservas em dólar e a volta do clima de confiança, provocaram a mudança da paridade entre o real e o dólar. A moeda americana já caiu  30% provocando  a redução dos preços dos produtos e insumos  importados com redução dos preços ao consumidor final. O poder aquisitivo foi recuperado. As pessoas já podiam  encher as tripas. Com a retomada da economia, o Brasil vai entrar em 2022 bombando. O tema das próximas eleições será  a melhoria das condições de vida. O nordeste será agradecido ao governo pelo generoso programa de auxílio, em muito superior ao dos governos passados.  Os bolsonaristas e os anti-petistas estão confiantes e fazem a conta: os votos dos eleitores fiéis  (esquerda e direita) estão equilibrados ao redor de 30%, os não alinhados são 40% - entre os quais estou incluído. Nós seremos os fiéis da balança. Com a economia exuberante e o mal-afamado histórico do candidato petista, a decisão será votar contra a corrupção, o patrimonialismo, o governo balofo - o socialismo estatizante . O voto deste bloco ( não alinhados), pelo menos dois terços, votara conservadoramente a favor dos costumes, do ensino não patrulhado, do fim da corrupção e com medo dos horrores da Venezuela, Argentina... e outras experiências excêntricas. Terá peso a promessa de que, em segundo mandato, Bolsonaro não mais focado na reeleição dará apoio ao programa do posto Ypiranga de reduzir o inchaço do governo,  privatizando tudo, zerando a dívida pública e ganhando um triplo A no crédito internacional. O governo será o mínimo para que o povo possa receber o máximo da sua  renda. A opinião pública mundial  voltará  à crer no país do futuro. 


E havia pessimistas duvidando de que Deus  é brasileiro. Nada como um sonho cor de rosa...ainda que utópico.


Nota da redação- este texto não é um manifesto eleiçoeiro. É o retrato de um “ sonho “ , uma visão utópica de um otimista, que não necessariamente coincide com a opinião do redator, que é pessimista com relação a todos os políticos.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

 


À espera de um Robespierre.



A família real francesa era admirada por sua história e riqueza por todas as outras monarquias. Luís XVI, neto do rei sol,  pelo casamento com Maria Antonieta era ligado ao poderoso  reino austro-húngaro dos Habsburgos. Nada parecia ameaçar a casa real dos Bourbons. A França estava no centro do poder mundial.  Versailles , símbolo do poderio francês, era razão de admiração e inveja pela sua dimensão e luxo. Era por isto imitada. A vida neste  palácio seguia dentro dos  seus conformes. Os negócios de estado tinham curso normal: recepções, reuniões com potentados estrangeiros, banquetes e pressão sobre o ministro das finanças para aumentar a arrecadação, pois a manutenção da corte arrasava com  os cofres públicos. Equilibrar o orçamento reduzindo os custos não era uma opção considerada. A tentativa  do Ministro das Finanças,  Jacques Necker , de tributar a nobreza e o clero  - não prosperou - os privilegiados  não aceitaram ser melhor perder os anéis do que os dedos. Perderam os dois!


Maria Antonieta era uma rainha frívola que, frustrada na  sua vida íntima  pela fimose do Rei,  preenchia o  tempo e satisfazia a sua lascívia  participando com as damas e valetes de brincadeiras de pega-pega nos jardins de Le Nôtre. Este era o mundo Real, não o real. A realidade  era bem diversa.  Nas comunas o povo passava fome, grassava a miséria, e havia consciência da   gritante desigualdade social e econômica. De um lado a corte e seus acólitos com todos os privilégios e de outro a burguesia e os “sans culottes“ -  uma  massa ignorada e invisível ao governo. A corte  e o clero não se dando conta da insatisfação contida, do clima de revolta, ignorava  estar sentada sobre  um barril de pólvora.


Os inimigos da monarquia, Marat e Hebert,  escreviam artigos incendiários.         Conspiravam contra o regime   insuflando a população  denunciando  a desigualdade existente. Dramatizavam fatos para mostrar a absoluta indiferença existente com a sorte da população. Disseminavam a versão de  pouco caso da rainha que teria dito: - se faltava pão que comessem brioches. Usavam  a Bastilha como  símbolo da tirania e fizeram da sua queda o estopim da Revolução Francesa. Versailles  foi invadida pela turba enfurecida. A guilhotina matou muito mais do que a Bastilha!


Como em Versailles,  a vida em Brasília  segue como se no melhor dos mundos estivéssemos. Os negócios de estado seguem seu curso habitual: os gastos do governo com a nomenklatura não são contidos, tendo os seus privilégios e os empregos assegurados. Já a burguesia e os” sans culottes” estão submetidos a uma tributação insuportável, ao desemprego, à proibição de trabalhar -  uma  quarentena que mata de fome os desprotegidos. Na França, o clero e a corte não aceitaram  perder os anéis, aqui o governo não cogita cortar  na própria carne, mas consideram equilibrar o Orçamento da União cortando o auxílio às pequenas empresas e aos necessitados. Escândalo dos escândalos - nenhuma voz no governo e nem na sociedade levanta-se para defender os que passam fome. Na gravidade da situação, estes deveriam ser a prioridade. Dane-se a máquina governamental!!! Reduzam as verbas dos ministérios o quanto for necessário. Que se aperte os cintos dos de pança cheia, antes que uma multidão de 

famélicos saiam às ruas em passeata pedindo comida. Estamos sentados sobre  um barril de pólvora... à  espera de um  Robespierre para a “ derrubada da nossa Bastilha”.


“Quem ignora a  história, corre o risco de repetir os seus erros!”


Jorge Wilson Simeira Jacob

São Paulo, 13 de abril de 2021.I

quarta-feira, 7 de abril de 2021

 Castelo sobre a areia. 




Uns mais... outros menos, estamos sempre  figurativamente construindo castelos sobre a  areia. São sonhos que duram enquanto não desabam as ilusões. É aquele amor com juras de ser eterno e que não resiste à troca do calendário; é aquele investimento com promessa de forte retorno que só devolve  perdas; aquela viagem a um  paraíso terrestre  que  se torna um purgatório; aquele líder político com a  empáfia de salvador da pátria que só está focado no próprio umbigo...


É da natureza humana o anseio por segurança, não só física, mas também psicológica. Quando não se as tem, como náufragos, agarramo-nos ao que quer que esteja boiando. Quando nós falta,  a cobiçamos com  ânsia não só a do  presente mas a  do futuro. Esse desejo  nos torna vulneráveis às promessas de amor, de lucro fácil, de uma aventura paradisíaca e do discurso de um demagogo. Nessa toada, desde o início da Republica, temos construído castelos sobre a areia aceitando regimes autoritários, elegendo candidatos demagogos e aventureiros para fugir da angústia do momento para depois cair na desilusão. Muitos deles   terminando em  renúncias e deposições, legalizadas  ou não, resultantes de golpes e contra golpes. Em todas elas, em maior ou menor grau, houve cisão nas FFAA. O que é natural, sempre há uma diferença entre estar no poder e os preteridos. Agora com a experiência do período recente, que os sujeitou  à severas e injustas  críticas, os militares  adotaram defensivamente um discurso radicalmente legalista : as FFAA são uma instituição do Estado, defensoras da Constituição. Nesta crença alicerçamos a nossa segurança , inclusive diante da situação crítica que vivenciamos no Brasil. Aparentemente um castelo sobre a areia.


A recente crise política, que afastou o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas, a par da perplexidade, resulta na  dúvida de distinguir  se  houve uma tentativa de  golpe ou um contragolpe. Em qual narrativa acreditar: na do  governo ou  na da oposição?  Como subproduto ficou  à nu  a existência de duas correntes políticas  nas FFAA. De um lado os governistas dedicados à permanência e reeleição deste governo;  e de outro  os demitidos com uma postura de não alinhamento , mesmo  que o  jogo político  levasse a  descontinuidade deste governo.  Uns fiéis ao formalismo  e outros ao projeto de poder do Presidente. Acabamos, assim, com a triste constatação de que acrescentamos mais insegurança à que já nos dá um  judiciário que não se limita a cumprir a lei, colocando-nos na instabilidade  própria das republiquetas de banana


Com esse quadro institucional justifica-se  acreditar que a cada militar demitido - com desrespeito pessoal e profissional - corresponde um desafeto, talvez um inimigo. Eles, antes de profissionais, são seres humanos com sentimentos, ética e valores morais próprios. Amor  próprio ferido é mau conselheiro -  e eles já não são poucos. Por isto não  há como apostar em uma unidade de sentimento entre os militares em que ancorávamos a nossa tranquilidade. Cai com este episódio o  nosso sonho de estabilidade política. Era  só mais um castelo sobre a areia.


São Paulo, 06 de abril de 2021.

Jorge Wilson Simeira Jacob

segunda-feira, 5 de abril de 2021

 LIVRO GRÁTIS 


Publiquei, para ser entregue gratuitamente aos amigos e amigos dos meus amigos, As minhas reflexões - uma seleção dos meus artigos escritos nos dois últimos anos. São textos curtos com pretensão de analisar sinteticamente ideias, se possível, por diferente perspectiva. Principalmente tentando fugir das crenças padronizadas, quando delas tenha discordância.


O livro tem o prefacio do homem público, empresário,  jornalista , Irapuan Da Costa Junior e resenha do professor de filosofia, empresário Dr. Jacy de Souza Mendonça. Reproduz, como homenagem póstuma, o prefácio do livro Perestroika do professor Oliveiros Ferreira. 


Os interessados devem manifestar-se informando o endereço postal para entrega.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

 Abaixo O Muro De Brasília!


As quituteiras  experimentadas seguem as receitas, mas sabem que  o teste  definitivo do pudim  está no dedo. Só depois de provar, ela sabe se o quitute ficou bom.  As pessoas com alguma sabedoria, ainda que aprovem  teorias, aferem a sua validade no resultado. Há também os que se encantam  com teses não testadas, para depois  desencantarem-se ao ver o  resultado final. Foi assim com a receita marxista , que só se desmoralizou após  a queda do Murro de Berlim. Os idealistas de boa fé, ficaram chocados com a realidade que veio à tona: setenta anos de tirania na URSS - Rússia, China, Camboja, Cuba..., deixando um rastro de milhões de vítimas - mortes, miséria, gulags - e a redução da nação em duas classes, a nova corte (  nomenklatura  )  e o povo. Caiu com o muro  a profecia de que o mundo seria dominado pelo comunismo.


Salim Mattar, ex-secretário da Desastização, demitiu-se do  governo por não  gostar da prova do pudim. No programa Direto Ao Ponto, com contundência nunca antes vista,  propõe derrubar  o muro de Brasília para mostrar a nossa triste realidade. Uma nação, à exemplo da URSS,  dividida em duas categorias : establishment* e o povo. Os relatos são emocionantes e os números eloquentes**. Para os cidadãos de primeira categoria os privilégios : estabilidade no emprego, benefícios e planos de saúde e aposentadoria , salários e penduricalhos generosos e nenhum compromisso com resultado. Aos de segunda categoria: 40 milhões de cidadãos invisíveis, 14 milhões de desempregados, ausência de serviço de saude pública, saneamento, segurança... O Brasil demorou 28 anos para subir 1 ponto na escala da IDH, o PIB per capita está estagnado, enquanto os outros subdesenvolvidos cresceram 25% .  O país gasta 50% mais na porcentagem do PIB para custear a máquina governamental do que os países desenvolvidos. Tudo por conta da receita dos sociais-democratas que governaram o Brasil. Eles são os culpados!

O resultado, depois de trinta e oito anos de governo social-democrata, o país está estagnado, enquanto o resto do mundo progride. Esta receita foi um fracasso. A social-democracia é a responsável pelo desemprego, corrupção, desigualdade... Não há como continuar a apostar no que não deu certo. Conclui ele: alguém tem que denunciar essa situação. Eu pretendo ser esse alguém. Fora do governo e da minha empresa, vou cumprir um papel de cidadania. Vou  dedicar-me a divulgar as virtudes do liberalismo  para construir um outro Brasil.

Abaixo o Muro De Brasília! É o brado  liberal do Salim Mattar.


  • establishment- foi usado o termo para referir-se ao governo , seus servidores e parte do setor privado que se aproveita do Estado.

** os números foram tomados como exemplos. Mais riqueza de dados na entrevista disponível no YouTube

***liberalismo, ideário da defesa da liberdade individual. Tem como pressuposto que a dignidade humana só está protegida se as leis defenderem a liberdade de escolha do cidadão da prepotência dos governos. A economia de mercado, a democracia, a propriedade privada, a lei e a ordem  são instrumentos para consecução dos objetivos do ideal liberal. Aos liberais  cabe ao cidadão e não ao governo  escolher a sua maneira de ser feliz, tendo como limite a liberdade alheia.  A ação do cidadão livre  é a causa da inovação e do desenvolvimento. O governo só produz leis, não cria riqueza.Enquanto os socialistas acreditam que o desenvolvimento vem da ação do governo, os liberais provaram  ser a ação humana que gera riqueza, melhores condições de vida e respeita à dignidade humana. O ser humano não foi criado para a servidão a nenhum governo. O governo é que deve servidão ao cidadão. Ao contrário do socialismo.

      Nota - por questão de concisão, sintetizamos algumas colocações do entrevistado. Sugiro assistir ao vídeo para ter maior precisão  das colocações do entrevistado, Salim Mattar.

YouTube, programa Direto Ao Ponto do Augusto Nunes.



Jorge Wilson Simeira Jacob

São Paulo, 02 de abril de 2021.h