segunda-feira, 26 de outubro de 2020

 



Por Que  Sumiram Os Empresários?




Na famosa torre de TV , em Toronto , uma das maiores do mundo, de onde se tem a melhor vista  panorâmica da região,  o SKY Terrace está decorado com fotos de construtores de impérios econômicos, líderes empresariais que foram dínamos da prosperidade do Canadá. Também nos  Estados Unidos, por toda parte,  incentiva-se  o espírito empreendedor. Não só cultuam a memória  dos grandes empreendedores, Thomás Édson, Ford, Rockefeller, Carnegie..., como mantém em destaque uma nova geração, Bill Gates, Steve Jobs, Jeff Bezos ... . Muitos outros países seguem o exemplo de incentivo a novos empreendedores para que, com o seu talento de descobrir oportunidades e disposição para correr riscos, transformem  o patrimônio material e humano em riqueza.  Reconhecem que uma economia sem empresários é como um carro sem dínamo.


Na fase de ouro brasileira , quando a economia crescia em ritmo acelerado, coincidência ou não,  os heróis nacionais eram empresários, como Antônio Ermírio de Morais, Roberto Konder Bornhausen,  Olavo Setúbal, Jacy de Souza Mendonça, Mário Amato...e mais uma infinidade de nomes  que estavam sempre em destaque , secundando os políticos . As suas opiniões  sobre os desafios nacionais eram respeitadas, como cidadãos e empresários. Passado o tempo , ao contrário das economias desenvolvidas,  as  lideranças empresariais, aqui,  sumiram de vista. Não que não existam, simplesmente perderam o podium. As exceções  são poucas e geralmente apresentam-se, como fofoca,  listados pela Forbes entre os mais ricos do mundo; e/ou em manifestações de alinhamento ao politicamente correto, de clara orientação das assessorias de relações públicas. Nada a ver com o interesse nacional.


 As  massas necessitam de guias, de opinião e de exemplos. A Igreja tem santos, as nações , heróis. A ausência na mídia de empresários nacionais ética e moralmente inatacáveis deixa órfã a economia de mercado e por consequência a liberdade individual. Inadvertidamente estamos chocando o ovo da serpente. O vácuo  foi preenchido pelo judiciário. A troca é sintomática, pois demonstra o quanto a sociedade preocupa-se com a atual insegurança jurídica e subestima a função do empresário na sociedade. A preponderância do judiciário  pode ser comprovada  em  uma pesquisa de conhecimento espontâneo dos homens públicos, que, excluídos os políticos e os bandidos, os mais lembrados serão juízes da Lava-Jato e do Supremo Tribunal Federal.  Estas constatações colocam-nos a perguntar: estão certos os americanos, canadenses, japoneses enaltecendo os  que criaram riqueza? Ou nós dando visibilidade pessoal aos membros do judiciário ? Os quais tem importante papel como um dos três poderes da nação, mas, vitalícios,  não necessitam e nem devem ser celebridades populares.   Estas opções não são excludentes, estão simplesmente com sinais trocados. Ambos são valiosos,  pois - sem segurança jurídica não há Governo; e sem espírito empresarial não há desenvolvimento. Exatamente o contrário do que temos hoje!


A questão   que exige reflexão mais profunda  é - por que sumiram os empresários?




As Minhas Reflexões.

Jorge Wilson Simeira Jacob

26 de outubro de 2020.


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