A Sorte Premia Os Que Não Se Rendem.
Superados os dois meses fracos do ano, o início de março sinalizava ligeira melhora na economia dando esperanças de ser este um ano melhor do que o anterior. De repente apagaram as luzes. A surpresa nos assustou e a escuridão nos desorientou. Nestes momentos surgem os fabricantes de fantasmas. Eles estão a todo vapor na imprensa, nas mídias sociais, aproveitando-se de fakenews para tirar proveito do ânimo dos que temem as ameaças que terão de enfrentar. O que não faltam são os interessados em pescar em águas turvas. Há, a nos perturbar, um violento jogo político e comercial com vistas às próximas eleições e a promover produtos e serviços. Ingenuamente a população deixa-se influenciar e corre para estocar até papel higiênico. A pessoas estão confinadas, mas o medo está correndo solto. Ficar impermeável a este jogo de interesses exige lucidez e serenidade, que deveria ter como exemplo a das lideranças governamentais.
A par da crise comportamental mencionada, não há como ignorar os dois desafios do momento: - o coronavírus e - as perdas financeiras. A primeira tem prazo marcado e trajetória conhecida. Espera-se que entre em declínio após os meados de abril. O mal a ser evitado é que o pico de casos supere a capacidade de atendimento hospitalar. O vírus vai morrer de morte natural, tão logo a maioria tiver sido contagiada. Já o pânico criado, baseado em um índice de mortalidade, cuja confiabilidade é contestada, também passará ( ler artigo no rodapé). Assim, veremos em breve a volta à normalidade, como sempre aconteceu na história das epidemias. A segunda ameaça, as perdas financeiras ( redução salarial, prejuízos nas operações), esta não será recuperada em curto prazo. Sairemos todos empobrecidos. Teremos pela frente um longo processo de retomada das atividades. As pessoas, as empresas e o País sairão enfraquecidos deste episódio. Hoje o que importa é a sobrevivência.
Lamentavelmente vidas serão perdidas, empresas sairão do mercado, mas a maioria sobreviverá. A ameaça à vida aguça o instinto de sobrevivência. Os indivíduos estão se cuidando como nunca. As empresas continuarão a atender às necessidades da sociedade. Alimentação, medicamentos , roupas , serviços e lazer continuarão a ser demandados. Afinal a fome não foi abolida, o nudismo não será obrigatório e nem os anseios naturais deixarão de existir. A história registra que o ser humano sempre cria novas necessidades e a ciência médica, novas soluções . Vale, pois, a pena cuidar para estar entre os sobreviventes. Isto depende da higidez pessoal e da determinação de superar os desafios, mesmo não sendo estes desprezíveis. Esta é a hora de trabalho duro, de não temer os problemas a serem equacionados e de não morrer de medo de fantasmas - nem se deixar sugestionar pelos demagogos de plantão. Não verão o amanhã os que abraçam a cultura da covardia! Não se entrega os pontos e menos ainda se abandona o barco na tempestade .
Serão convidados para navegar nos mares mansos do amanhã quem superar os desafios do momento, que começa por cuidar:
- da sua saude;
- de afastar o medo;
- de apostar que a sorte premia os que não se rendem.
Até os dias melhores que nos esperam!
As Minhas Reflexões.
Jorge Wilson Simeira Jacob
04 de abril de 2020.
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