sábado, 4 de abril de 2020

A Sorte Premia Os Que Não Se Rendem.

Superados os dois meses fracos do ano, o início de  março sinalizava ligeira melhora na economia dando esperanças de ser este um ano melhor do que o anterior. De repente apagaram as luzes. A surpresa nos assustou  e a escuridão nos desorientou. Nestes momentos surgem os fabricantes de fantasmas. Eles estão a todo vapor na imprensa, nas mídias sociais,  aproveitando-se de fakenews para tirar proveito do ânimo dos que temem as ameaças que  terão de enfrentar. O que não faltam são os interessados em pescar em águas turvas. Há, a nos perturbar,  um violento jogo político e comercial com vistas às próximas eleições e a  promover produtos e serviços. Ingenuamente a população deixa-se influenciar e corre para estocar até papel higiênico. A pessoas  estão confinadas, mas o medo está correndo solto. Ficar impermeável a este jogo de interesses exige lucidez e serenidade, que deveria ter como  exemplo a das lideranças governamentais. 

A par da crise comportamental mencionada, não há como ignorar os dois desafios do momento: - o coronavírus e  - as perdas financeiras. A primeira tem prazo marcado e trajetória conhecida. Espera-se que entre em declínio após os  meados de abril.  O mal a ser evitado é que o pico de casos supere a capacidade de atendimento hospitalar. O vírus vai morrer de morte natural,  tão logo a maioria tiver sido contagiada. Já o pânico criado, baseado em um   índice de mortalidade, cuja  confiabilidade é contestada, também passará ( ler artigo no rodapé). Assim, veremos em breve a volta à normalidade, como sempre aconteceu na história das epidemias. A segunda ameaça, as perdas financeiras ( redução salarial, prejuízos nas operações), esta não será recuperada em curto prazo. Sairemos todos empobrecidos. Teremos pela frente um longo processo de retomada das atividades. As pessoas, as empresas e o País sairão enfraquecidos  deste episódio. Hoje o que importa é a sobrevivência. 

Lamentavelmente  vidas serão perdidas,  empresas sairão do mercado, mas a maioria sobreviverá. A ameaça à vida aguça o instinto de sobrevivência. Os indivíduos estão se cuidando  como nunca. As empresas continuarão a atender às  necessidades da sociedade. Alimentação, medicamentos , roupas , serviços e lazer continuarão a ser demandados. Afinal a fome não foi abolida, o nudismo não será obrigatório e nem os anseios naturais deixarão de existir. A história registra que o ser humano sempre cria novas necessidades e a ciência médica,  novas soluções . Vale, pois, a pena cuidar para  estar entre os sobreviventes. Isto depende da higidez pessoal e da determinação de superar os desafios, mesmo não sendo estes desprezíveis. Esta é a hora de trabalho duro, de não temer os problemas a serem equacionados e de não morrer de medo de fantasmas - nem se deixar sugestionar pelos demagogos de plantão. Não verão o amanhã os que abraçam a  cultura da covardia! Não se entrega os pontos e menos ainda se abandona o barco na tempestade . 

Serão convidados  para navegar nos mares mansos do amanhã  quem superar os desafios do momento, que começa por  cuidar:
  • da sua saude;
  • de afastar o medo;
  • de apostar que a sorte premia os que  não se rendem.

Até os dias melhores que nos esperam!

As Minhas Reflexões.
Jorge Wilson Simeira Jacob
04 de abril de 2020.



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