O Brasil acima de tudo
TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO: BENGALAS OFERECIDAS AOS FRACASSADOS.
Para os derrotados é mais fácil - e reconfortante - acreditar que uma força invisível, um complô secreto ou uma elite onipotente foi - ou é - a responsável por tudo de ruim que acontece.
Ao pintar um quadro em que "tá tudo dominado", elas semeiam a desistência através de uma mensagem clara: "Não adianta lutar, o sistema já decidiu tudo. Qualquer tentativa de resistência é inútil."
Assim, elas castram o ímpeto de mudança e reforçam a apatia. E quem as repete não se sente enganado, sente-se esclarecido.
O conspiracionismo é, paradoxalmente, um instrumento de paralisação e de preservação de tudo o que ele denuncia.
Ao pintar o sistema como invencível e corrompido em todas as esferas, essas teorias minam a ação política real, deslegitimam qualquer tentativa de mudança e desmobilizam quem acredita em reformas.
Em vez de encorajar o enfrentamento dos problemas, elas promovem o fatalismo, a apatia e a vitimização.
As teorias da conspiração servem como uma narrativa conveniente de que o inimigo é onipotente e o fracasso é inevitável - logo, é melhor desistir.
Elas são as bengalas dos fracassados, dos covardes que trocam a luta por lamentos, a razão por delírio, e a esperança por cinismo.
O Brasil acima de tudo
O texto acima de autoria do meu amigo General Paulo Chagas merece reflexão por sua importância. Não só pela pertinência do seu alerta, como pela sua posição sócio-política, como por sua conhecida militância.
Ele foi candidato a governador de Brasilia, nas últimas eleições e é assíduo analista no X ( ex Twitter ) da politica nacional.
Como estrategista militar, o Gal.Paulo teve a acuidade de identificar a estratégia dos atuais donos do governo de castrar as vontades das oposições, além de um discurso eloquente e de redação elegante.
Subliminarmente, maquiavelicamente falando, os políticos da situação incutem nos eleitores a crença de ser impossível a alternância no poder, como mostra o texto acima.
As argumentações comuns são: o Lula é invencível; se perder nas urnas, ganhará no “tapetão” ou roubando na contagem dos votos ou por manipulação no judiciário."Não adianta lutar, o sistema já decidiu tudo. Qualquer tentativa de resistência é inútil."
Diante dessas razões, tentam quebrar as resistências por não haver por que lutar. Seria um esforço inglório. Nada pior para enfrentar um desafio do que o desanimo, do que a descrença.
Pessimismo que contagia os brasileiros, hoje, mas que oportunamente é combatido nesse texto introdutório.
Entretanto, há de se ter presente que nem todos, como crítica o autor, usam “ as bengalas dos fracassados, dos covardes que trocam a luta por lamentos, a razão por delírio, e a esperança por cinismo”.
Ao contrario, há uma parcela do eleitorado, uma maioria silenciosa, que sente-se órfã de uma liderança que lhes mostre o caminho a seguir, como faz o Gal.Paulo, nesse seu texto e no seu ativismo.
A nossa história mostrou, em eleições passadas e nas demonstrações de ruas, que somos altivos e desejosos de ter uma pátria da qual orgulhar-se.
Infelizmente não temos sido correspondidos em nossas tentativas de sair das influências dos populistas que infelicitam a nação.
Eles, nos períodos eleiçoeiros, prometem o futuro, mas só entregam, no presente, pão e circo com que compram os desesperados.
Repercutir a preocupação, inserida nesse texto, é despertar a consciência de que as mudanças são possíveis, cabendo a cada um de nós combater o derrotismo implantado maliciosamente nas nossas mentes.
A democracia, que devemos preservar, tem como virtude permitir nos livrar dos piores pelo voto. E isto estará ao nossos alcance em breve.
Que surja um líder à altura das nossas aspirações e mostraremos que não aceitamos “as bengalas dos fracassados, dos covardes que trocam a luta por lamentos, a razão por delírio, e a esperança por cinismo”.
Se as circunstâncias forem propícias, não seremos pobres de espírito colocando os nossos interesses menores acima do orgulho nacional.
O Brasil está acima de tudo!
São Paulo, 15 de maio de 2025.
Jorge Wilson Simeira Jacob
Nenhum comentário:
Postar um comentário