sábado, 17 de fevereiro de 2024

 


Estatização das escolas de samba

Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz

Samba enredo da Imperatriz Leopoldinense

Vencedora do Carnaval Carioca de 1989.


Tive um pesadelo nesta noite de carnaval — o presidente da República  estatizou as escolas de samba em todo o território nacional, por considerá-las um patrimônio cultural da humanidade. Segundo o decreto-lei só poderão desfilar nas avenidas as escolas de samba do governo - é um monopólio ( o governo não gosta de concorrência ). Todos os dirigentes atuais serão substituídos por pessoas diretamente indicadas pelo governo.


 Serão nomeados , no prazo de 60 dias do decreto, a diretoria, composta de oito membros e 12 conselheiros, escolhidos diretamente pelo presidente da república . A remuneração não poderá ultrapassar o teto salarial dos funcionários públicos. As organizações estarão subordinadas ao Ministério da Cultura , que terá  um percentual obrigatório da arrecadação do imposto de renda a ser determinado de acordo com orçamento a ser aprovado.


Pesadelo porque as  escolas de samba são um exemplo da eficiência e eficácia da iniciativa privada. Até aqui, o governo só coordena as regras ,de acordo com os dirigentes das escolas de samba , para disciplinar as exibições e determinar as vencedoras. A competição - que é a mãe do progresso ( não a necessidade ) , tem feito milagres. Os nossos desfiles das escolas de samba são admiradas internacionalmente.


As apresentações são uma atração sem igual. Sem a “ajuda” do governo dão um show de pontualidade, disciplina, coordenação e sobretudo criatividade. A dança, a música, a acrobacia, a moda, a magia… enfim todas as artes fazem parte do espetáculo. 


É um pesadelo pensar que o feito de 1989, quando a Imperatriz Leopoldinense  venceu o desfile do ano com o tema” Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós” , não se repetirá .  Nada mais doloroso do que sonhar que vamos por a perder a liberdade de ação que permitiu uma  escola usar dos seus talentos para ganhar o troféu do ano..


As escolas de samba são uma das melhores demonstrações da força da livre iniciativa. Um mínimo de regras as faz dar uma demonstração das inúmeras possibilidades que o engenho humano é capaz de realizar. Considerando o desafio de idealizar um projeto ( descobrir a oportunidade )  e colocá-lo em execução ( enredo, música, idealização e confecção de centenas de fantasias, carros alegóricos, ensaios por um ano, a pontualidade da exibição…) é um espetáculo artístico, uma mostra da capacidade empreendedora do ser humano em regime de liberdade.


O pesadelo foi antever um  desfile das escolas de samba estatizadas: custo elevado, corrupção, desorganização, samba furado, atrasos e espaços vazios para enaltecer temas caros ao governo: “ gastar é vida, a nova economia, ministro bom é o que gasta, contabilidade criativa ” ,  … e por aí corre o samba enredo. As figuras de destaque são a Dilma como modelo de lucidez , o Mantega como mestre escola e o Lulla como Imperador de um país que pretende ser africano.


O auge do pesadelo é quando a incompetência, os desmandos, a corrupção tomarem conta e  o resultado será a falência do nosso Carnaval. O sonho bom seria  a privatização - que, por contrariar interesses, será tema dos   próximos desfiles das escolas, que estatizadas vão criminalizar a liberdade valorizada pela iniciativa privada e pedir mais governo. E, se não tivermos menos governo,  nunca mais se poderá  esperar que a  liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós.


São Paulo, 12 de fevereiro de 2024.

Jorge Wilson Simeira Jacob








terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

 


Uma questão de foco


Já vi um atirador matar um pássaro em voo com dois tiros. Ainda não vi o contrário — dois pássaros em voo serem abatidos com um só disparo de arma. O Presidente Nayib Bukele , em El Salvador, que reduziu a maior criminalidade do mundo a níveis dos Estados Unidos usou de toda a sua munição na   guerra contra as gangues que aterrorizam o país. Foi acusado pela oposição de não cuidar das liberdades civis. Afinal… os  coitadinhos eram os bandidos. 


Onde estava essa agora decantada liberdade civil do cidadão de bem nos tempos do terror em El Salvador?


Respondo — na lata do lixo.



Os partidos de esquerda,  que alisam as cabeças dos criminosos por considera-los vítimas da sociedade capitalista, pretensiosamente arrogam- se a competência de matar com um só tiro todos os pássaros. Não queremos com esta crítica ignorar os direitos humanos. Mas tão somente contestar o discurso demagógico de que é possível atacar o crime sem fazer vítimas. 


Se o Presidente Bukele tivesse atentado contra os direitos dos cidadãos   não teria sido reeleito com o inacreditável número de 86% dos votos e eleito 58 dos 60 candidatos à Assembleia Legislativa. Com essa votação maciça a sociedade dá carta branca ao presidente eleito.



Ninguém tem mais autoridade para julgar a política de um governo do que os eleitores em eleições livres e honestas. Os salvadorenhos falaram pelas urnas que não veem no  seu presidente uma ameaça as liberdades e direitos individuais. Pelo contrário, votaram para ter mais do mesmo.


Bukele , com a sua dura campanha contra o crime , que o reelegeu, dá um recado ao mundo: não se combate o crime com luvas de pelica. Um recado que o Brasil deveria ouvir, pois o crime está tomando conta do país . A violência, consequência das lutas entre as facções do narcotráfico e dos criminosos nas ruas ,atingiu números que nos colocam países mais violentos do mundo. À  violência se soma  a corrupção para tornar-se  uma marca brasileira. As estatísticas são eloquentes. Estamos mal qualificados nos registros internacionais pela violência e corrupção.


Não será com cerimônia e falsa compreensão que nós, os cidadãos de bem, teremos recuperada a nossa liberdade civil. Somos hoje prisioneiros em nossos apartamentos ( quem se arrisca a morar em casa nas grandes cidades?) e  em carros blindados. E de tanto ver repetida as agressões à nossa liberdade de ir e vir, de morar, já perdemos a sensibilidade e não nos rebelamos contra a violência ao nosso redor.


Não fosse a nossa lamentável adaptação às ameaças à nossa segurança e não votaríamos nos candidatos que colocam os direitos dos criminosos à frente dos nossos. Negar o votos aos partidos políticos que protegem os criminosos nada tem de maldade com os bandidos, mas simplesmente dar tratamento adequado ao crime. Há que se ter em conta que a segurança pessoal é o melhor indicador do nível de civilidade de um país. É um direito fundamental, que se contrapõe ao uso da força. 


Bukele faz uma acusação grave, que merece ser considerada, tendo em conta a sua experiência bem sucedida da no combate ao crime, disse ele: “ os políticos não combatem o crime por serem sócios dos criminosos”. O que reforça a ideia de não se votar em políticos que usam de argumentos ardilosos — direitos humanos dos bandidos — para não fazer guerra sem trégua ao crime em defesa dos direitos humanos dos cidadãos de bem. 


O combate à criminalidade é a primeira das nossas prioridades. Deve merecer uma concentração de esforços , ser o foco, da ação governamental, para o Brasil deixar de ser o paraíso do crime  e da  corrupção. Ter foco é usar toda a munição em um único alvo. 


São Paulo, 07 de fevereiro, de 2024

Jorge Wilson Simeira Jacob


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

  Argentina  2043.


A wishful thinking


Estamos  no dia 10 de dezembro do ano 2043. Hoje faz exatamente 20 anos que tomou posse, como presidente da Argentina, Javier Milei. Considerado o pai da moderna Argentina. . Eleito  presidente em período de 4 anos e reeleito por mais 4, Milei conseguiu com o seu programa libertário tirar o país da miséria para o posicionar como uma das mais ricas economias mundiais . O que lhe deu força eleitoral para eleger  todos os seus sucessores e o prestígio internacional como o maior estadista do século.


A renda per capita anual dos argentinos nestes 20 anos saiu de  pouco mais de USD$ 10.600 para valores equivalentes aos dos 5 países mais ricos do mundo. O nível de pobreza absoluta caiu de quase 40% da população para níveis mínimos . Não há desemprego no país. Os índices econômicos estão entre os melhores do mundo. O consumo de carne, alimentação básica da população,  está nos picos do consumo, igualando-se às épocas da Argentina rica do século passado. Com a prosperidade, o índice demográfico  voltou a crescer a taxas elevadas, não só pela natalidade, mas também pelos inúmeros imigrantes dos países vizinhos que vêm em busca de dias melhores.


A Argentina é hoje considerada como tendo a melhor condição de vida no mundo. A liberdade individual, o respeito à propriedade privada e o império da lei e da ordem - os direitos fundamentais  -  são bens considerados como direito natural. Respira-se a liberdade como se respira o ar - não se toma consciência de sua existência de tão normal tornou-se na vida das pessoas. O índice de civilidade  está em níveis de primeiro mundo — que é para onde encaminha-se a Argentina.


Em reconhecimento ao Milagre Argentino, Javier Milei recebeu o prêmio Nobel de Economia . Prêmio merecido não só pelos resultados, que estão influenciando o mundo, mas pelas dificuldades que teve de superar. No seu mandato não foram pequenas as sabotagens que os parasitas do regime impuseram como obstáculo ao seu  programa de governo. Greves, boicotes e uma torcida feroz na imprensa esquerdista não lhe deram trégua.


O seu programa era considerado uma missão impossível. Tão impossível que poucos acreditavam que Milei conseguiria vencer à resistência às mudanças. Metade da população vivia de benesses do governo e, considerava-se, que os interesses contrariados de empresários prevaricadores, funcionalismo fantasma, políticos corruptos não abririam mão das prebendas e das sinecuras.


Subestimou-se a competência e determinação de Milei. O poder do seu  discurso o coloca à altura dos de Churchill sob as bombas voadoras nazistas. Ele soube , com a sua eloquência, despertar os brios dos homens de bem.  Mexeu com o orgulho nacional ao declarar: “ não vim para guiar os cordeiros, mas para despertar os leões” . E os leões que estavam adormecidos no íntimo dos cidadãos reagiram  apoiando o seu programa na fase sacrificada da sua implantação.


Ele foi um grande estrategista. Usou de sua rica imaginação para criar condições ao seu programa. Como cirurgião frente a um corpo moribundo, cortou firme, fundo e rápido. Não deu tempo para as forças contrárias contra-atacarem.Sofreu pressão e incredulidade de todos os que torciam contra a recuperação da economia e dos costumes, mas não se acomodou na defensiva. Permaneceu no ataque.


O seu  discurso no Fórum Mundial de Davos (2024) foi um marco histórico . Alertou o mundo dos perigos do coletivismo, mostrou como exemplo os males que o socialismo fez à Argentina e mostrou o caminho da liberdade como o único que acaba com a miséria e o atraso . 


Objetivamente , em Davos,   seduz o capitalismo internacional convidando-os a investir no seu país ao afirmar: aqui vocês não serão considerados gananciosos, egoístas , desumanos , mas criadores de riquezas. Aqui vocês serão heróis.Não por menos, nestes vinte anos as empresas multinacionais elegeram a Argentina como o mais interessante país para investir na América Latina.


Viva a liberdade que fez a Argentina rica novamente. Viva  Milei o estadista que provou que o governo  não é  a solução , mas o problema.


São Paulo, 24 de janeiro de 2024.

Jorge Wilson Simeira Jacob


 


domingo, 4 de fevereiro de 2024

 Masoquismo.


Um amigo considerou  masoquismo  a declaração de que me agradam mais as críticas dos meus leitores no Jornal Opção do que os eventuais elogios. Explico. Estes,  dão satisfação , mas não estimulam a pensar. Aquelas, as críticas, colocam o cérebro a processar uma resposta. Ganho com o exercício. Foi assim que li as críticas ao meu artigo no jornal Opção , Milei pode recuperar a Argentina, de 14.01.2024, tomando partido a favor do programa de governo do atual presidente da Argentina Javier Milei contra as ideias ( que não chegam a ser um programa ) do Presidente Luiz Ignácio da Silva.


Com todo respeito à liberdade de expressão, vamos às perguntas e às respostas devidas.


Diz um leitor:


       - onde vende essa droga que  o autor do texto tomou?


  • Certamente esse ilustre leitor não conhece a bibliografia liberal. Esta é a  minha fonte de “ drogas “. Se tivesse lido, além da literatura esquerdista, pensadores respeitáveis como Adam Smith, Von Misses, Hayek, Friedman e muitos outros não teria formulado a ironia. Ademais, se tivesse atentado para os males  que o populismo socializante causou na Argentina e é responsável pela estagnação da renda per capita dos brasileiros nas últimas décadas, poderia, não por estudo teórico, mas pela contundência dos resultados, da prática, concluído que a “droga”  do Milei é melhor do que a do nosso Lula.Pois entre a prática  dos dois modelos para melhorar a renda per capita das suas populações, a Argentina leva a melhor.


Outro leitor faz três colocações :


           - Em que país do mundo a privatização deu certo?

           - Qual a responsabilidade do mercado com o trabalhador. Nem        a China e nem os Estados Unidos agem dessa forma;

           - Milei não dará certo.No máximo encherá o seu cofre com as porcentagens das vendas das estatais e deixará a Argentina moribunda.


Com respeito à privatização


- Nada melhor do que olhar o próprio exemplo para melhorar o  entendimento . Vamos “ olhar para o próprio rabo “. O Brasil é um “case” no caso de privatização. Privatizou com sucesso Companhia Telefônica Brasileira , hoje um sucesso inquestionável; A Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, que deixaram de dar prejuízos ao tesouro; os bancos estaduais, que quebrados eram emissores secundários e geradores da inflação… Nenhuma dessas privatizações deixou saudades! Nenhuma teve indícios de corrupção!


Já a responsabilidade do mercado


 - O mercado é uma figura de retórica. Nossas ações  retratam o que se convencionou chamar de mercado. São os agentes , no regime de livre iniciativa,  os melhores para os trabalhadores.  Assim é  nos  Estados Unidos e como na China ( que não têm uma justiça do trabalho)  do que em qualquer país protecionista. Há fila nas fronteiras americanas de trabalhadores da Venezuela, Brasil, Cuba, Argentina. E não existe uma corrente contrária. A economia de mercado dá oportunidade e isto o que permite ao homem ser feliz á sua maneira. 


Milei encherá o seu cofre…


- Para finalizar, atribuir desonestidade  ao Milei é um julgamento de valor, não uma realidade. Acusar antecipadamente alguém de um crime de prevaricação é “atirar a primeira pedra “ só admissível para aqueles que nunca erraram. Não é uma postura moralmente adequada de quem se preocupa com os direitos e  bem estar de quem quer que seja.


São Paulo, 22 de janeiro de 2024

Jorge Wilson Simeira Jacob



       


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

 O céu não é o limite.


Um certo grau da complexidade das coisas cria espaço para a especialização. Desde de Adam Smith, que defende a separação das tarefas, o mundo vem generalizando a sua  prática.  Surgem divisões dedicadas a diferentes campos : nas ciências, a sociologia, a economia..; na medicina, a oncologia, a geriatria…. E por aí vai o mundo se subdividindo em partes menores para permitir a busca do maior domínio do assunto.


Na mesma sequência surgem as empresas especializadas em avaliação de risco financeiro: Moody’s, Fitch, Standard & Poor’s ( The Big Three ).   Elas encontraram um nicho  entre os investidores que, impotentes para dominar todas as informações dos participantes do mercado, levam em conta as suas notas ( ratings )  dos captadores de recursos financeiros  públicos e privados. 


Os denominados “ graus de investimento” cujo nível superior se situa no triplo A ( AAA ) e descem 20 degraus até às junk . A avaliação leva em conta fatores como histórico de solvência, nível de endividamento, estabilidade política, segurança jurídica , entre outros. Os países economicamente mais desenvolvidos e que tenham o seu endividamento em sua própria moeda ( Japão e Estados Unidos ) têm proporcionalmente melhor espaço para endividar-se.


Um país ou empresa têm que remunerar o mercado de acordo com o  grau de avaliação das Big Three para conseguir tomadores. Um exemplo recente é o da Alemanha, que coloca os seus bonds com taxas inferiores aos da Itália, ambas na mesma moeda euro  - o que exclue o possível efeito inflacionário.


Entre todos os players do mercado, os Estados Unidos levam a vantagem de ser o emissor do dollar,  que é reserva e meio de troca preferido pelo mundo. Tendo, ao contrário dos outros países, a opção de emitir a sua moeda em caso de não conseguir endividar-se no mercado. É uma situação ímpar, o que lhe dá credibilidade internacional e uma receita excepcional ( a impressão de uma nota, que colocada no mercado por 100 dólares,  deve custar ao Tesouro talvez 1% desse valor ).


Entretanto, apesar das enormes vantagens de ser o emissor da moeda de preferência internacional, o dollar não tem o céu como limite. Consciência deste risco demonstrou Jamie Dimon, CEO  do JPMorgan, o mais bem sucedido banco do mundo, em recente  debate em Washington com o Bipartisan Policy Center.  Ele chama atenção para o crescente endividamento do tesouro americano, que já atingiu o número estratosférico de 34 trilhões de dólares , o equivalente a 120% do PIB, mas crescendo progressivante. Nesse cenário, o Congressional Budget Office estimou que o pagamento de juros sobre a dívida dos EUA possa superar as receitas totais do governo até 2030. Dimon diz : “ a proporção da dívida do país poderá chegar a 130% até 2035. Temos um pouco de tempo. Mas quando começar(  uma escalada ) os mercados do mundo todo vão se revoltar". 


Se “ revoltar” significa a fuga pelos  mercados do dollar , os Estados Unidos poderão desencadear um choque político e  econômico internacional. Pois terá que reduzir os seus gastos dramaticamente . Dimon teme o pior: “a redução do orçamento de defesa  que ameaçaria o poderio militar do país, com sérios riscos para a segurança mundial”.

E, por consequência, provocaria um desarranjo na ordem economica internacional. Como aconteceu com o Império Britânico após o endividamento público para custear a  Segunda Guerra Mundial. Será que Dimon pensou, mas não ousou dizer ser esse talvez  o fim do Império Americano?


O endividamento público , que tem sido sustentado por taxas de juros que não refletem o risco dos tomadores,  alimentaram a crença de que ,“ gastar gera progresso “. A   Argentina é um exemplo prático. O céu não é o limite!


São Paulo, 31 de janeiro de 2024.

Jorge Wilson Simeira Jacob