sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

                  

A divina tragedia.


O viver é uma divina tragédia,

Desde o  início, pelo meio e sem fim

É uma amarga comedia,

Que nos reserva surpresas 

E momentos   não  desejados.


O viver  tem  alegrias, mas ligeiras,

Nada mais do que passageiras,

Que se confundem  com a realidade

E as  ilusões de possível felicidade,

Como são os sonhos  não realizados


A vida é uma comédia divina,

Em uma existência  sem sentido,

Que levamos como criança traquina.

Aquele herói que toma partido

De filhos que pensa  lhes pertencem,

Mas  nossas sao  as  dores que sofrem.


Como autômatos é que vamos  vivendo

Até que a solidão  da velhice,

Do dia a dia a mesmice,

Não mais os corações aquecem.

Quando a dor das juntas as endurecem,

 As memórias de tudo  esquecem ,

As últimas esperanças esmaecem.

Tendo  fim dramático a comédia :

A morte,  que não precipitamos

Por temer o êxito da divina tragédia.




São Paulo, 20 de dezembro de 2023.

Jorge Wilson Simeira Jacob


domingo, 24 de dezembro de 2023

 O fracasso do Bolsonaro


 Bolsonaro errou menos pelo que fez e mais pelo que não fez. Fracassou na tentativa da reeleição por pequena desvantagem. Teria vencido se tivesse feito o que prometeu em campanha: — reduzir o tamanho do governo para liberar a economia.


Na sua presidência  limitou-se a poucas privatizações e uma limitada redução do número de ministérios. Mas falhou ao não eliminar funções. Reduzir os  cargos ( posições no organograma ) sem reduzir as funções ( tarefas ) , não altera substancialmente os custos do governo. Guedes , como Ministro da Economia não eliminou funções , simplesmente as acumulou.


Milei , presidente da Argentina, não está dando mostras de cometer o mesmo erro. Atacou a esclerose da máquina com três ações: privatização , desburocratização  e cortes de custos. Deu de partida um choque de liberdade, pois a contemporização trabalha contra as reformas. Sabe ele que os parasitas do governo usam do tempo para boicotar o plano de governo e a sociedade quer ver resultados.




Ao contrario, Bolsonaro  não  cortou os  custos da máquina desburocratizando  o governo. A eliminação de funções, não só reduz o custo como tem a virtude de destravar as atividades das empresas geradoras de emprego e desenvolvimento. A  privatização  depende do apoio do legislativo, que é um jogo político, e de  enfrentar a  resistência dos seus beneficiários , que vivem à sombra das empresas estatais — políticos, funcionários e lobistas. Já a  desburocratização  depende da vontade política do gestor. Milei está fazendo  isto no seu governo.



Milei soltou uma lista de desburocratização, com base em  decretos — o que deu-lhe liberdade de ação (o que poderia também ser feito no Brasil) .   É de boa tática atacar prioritariamente aquilo que não depende de aprovação do Congresso e que   desmoraliza a justificativa de não existir apoio do sistema para enxugar o governo.


Só com a desburocratização , Melei criou condições para acelerar o desenvolvimento da Argentina. A lista de corte de funções e de cargos  é incrível. E mostra as inúmeras  amarras impostas pelo governo à iniciativa privada. O político-intervencionista  é como dono de um pássaro que o prende na gaiola e reclama por ele não voar. O nível de amarras  burocráticas , leis, decretos e regulamentos,  se contam aos milhões. Se as restrições aos nossos pássaros de voar fossem divulgadas, como o fez Milei, a nação ficaria estarrecida.


Bolsonaro e o seu Posto Ypiranga perderam a reeleição por não darem o choque de liberdade que os  que votaram nele esperavam. A sociedade não tem consciência do exagerado número de restrições que lhe são impostas pelo  governo .”O intervencionismo é o caminho da servidão ( Hayek )”.


Milei cortou custos: reduziu o número de ministérios e secretarias , cancelou um número expressivo de funções, vai vender carros e aviões que serviam aos políticos . Teve a virtude de eliminar  funções —  que geram  gastos e impede o pássaro de 

voar. E deu bom exemplo cortando na própria carne.



Em demonstração de habilidade política e preocupação  social. Milei criou um programa de amparo aos menos afortunados e uma postura firme com os manifestantes que perturbarem a ordem ou desrespeitarem as leis. Ele se mostra intransigente com as restrições à liberdade individual e o respeito à Lei e a Ordem.


Bolsonaro fracassou por não mostrar resultados compatíveis com a sua promessa eleitoral. Ficou devendo corte de custos, privatização e  desburocratização para tirar as garras do governo dos ombros dos cidadãos.


Sao Paulo, 23 de dezembro de 2023

Jorge Wilson Simeira Jacob



domingo, 17 de dezembro de 2023

                         Mensagem Natalina.


Quanto mais o tempo passa

Mais surpreende a sua pressa.

Mal  um ano está terminando,

Um outro  já vem chegando.


Como sonâmbulos, vamos vendo

As comemorações se sucedendo,

Festejamos o pecado no Carnaval,

Reverenciamos a virtude no Natal.


O simbolismo nos condiciona,

Prevalecendo o que nos emociona.

No Carnaval, fantasiados de palhaços,

No Natal, dando amor aos pedaços.


Temos fina camada de racionalidade

Envolvendo um todo de emotividade, 

Possuímos um potencial  de razão,

Mas castrado  pela força da emoção.


Ante este ano, já velho, acabado ,  

Ao Natal e Ano Novo esperado,

Juntamos a razão  e a emotividade

Pra desejar a todos perene felicidade.



Feliz Natal e Próspero Ano Novo.


Jorge Wilson Simeira Jacob.























Mensagem Natalina.


Quanto mais o tempo passa

Mais surpreende a sua pressa.

Mal  um ano está começando, 

Um outro  já vem chegando.


Como sonâmbulos, vamos vendo

As comemorações se sucedendo,

Festejamos o pecado no Carnaval,

Reverenciamos a virtude no Natal.


O simbolismo nos condiciona,

Prevalecendo o que nos emociona.

No Carnaval, fantasiados de palhaços,

No Natal, dando amor aos pedaços.


Temos fina camada de racionalidade

Envolvendo um todo de emotividade, 

Possuímos um potencial  de razão,

Mas castrado  pela força da emoção.


Ante este ano, já velho, acabado ,  

Ao Natal e Ano Novo esperado,

Juntamos a razão  e a emotividade

Pra desejar a todos perene felicidade.



Feliz Natal e Próspero Ano Novo.


Jorge Wilson Simeira Jacob.
























domingo, 10 de dezembro de 2023

 As razões do sucesso



Por experiência própria e por observação , é na puberdade o período  da vida em que mais nos preocupamos com o nosso  futuro. Neste estágio, em que estamos balançando entre o que desejamos  ( sonho )  e o que acreditamos ( vocação ) poder ser , nos domina o desejo de descobrir o caminho da nossa realização. É um momento de definições.  Até a voz nos trai. Ora sai grave outras aguda. 


Nesse período, os  sentimentos se sobrepõem à razão. As paixões nos dominam. Tudo está em transição. Os fatos da vida são  como cometas - surpreendentes, mas em trânsito . Nesta fase, o que fazer da vida é uma incógnita. É quase um tormento. Poucos  já têm definido uma profissão ou escolhido o ou a companheiro/a para a vida.


Uma constante é  o desejo comum de destacar-se de alguma forma. Todos temos dentro de nós a semente do ser bem sucedido, da superação. Por uma questão de sobrevivência, nascemos com equipamento para atrair as atenções. O   choro e mesmo espernear ganham  as atenções dos pais. Não nos passa despercebido o sermos idolatrados. Somos cultivados na família a ser o centro das atenções. Não por menos somos poços de vaidades.


O tempo trabalha contra nós. Não só corremos o risco de uma possível concorrência de um   irmão mais novo como vamos perdendo os  encantos infantis. Deixamos de ser novidade. O ápice da insegurança chega com a puberdade. Nem temos mais os encantos dos primeiros anos e nem temos realizações adultas a exibir. O desafio, para manter-nos alvos da admiração  está em decantar uma proposta de sucesso profissional.


 Antes, como bebês,  bastava um sorriso ou os primeiros passos; agora, como púberes, temos o vigor físico; e no futuro, como adultos, dependemos do sucesso profissional e ou social. O que leva os  mais preocupados a  tentar descobrir as razões do sucesso. Uns copiam os casos que mais os impressionam, quer seja pelos resultados econômicos ou pelas posições de prestígio e poder. Outros, os mais criativos, tentam decantar ideias novas. Evidentemente, nas escolhas, sempre haverá a influência da própria vocação. 


O ingrato da corrida pelo sucesso na vida, é o não existir uma receita pronta para fazer vencedores em um terreno em constante mudança.

 Ainda que se possa , em uma visão macro, fazer uma primeira escolha entre a  economia de mercado e a economia de comando. Na primeira, na economia de mercado,  o prêmio  é dos que conquistam os consumidores. Na outra, economia estatizada,  os premiados serão os que conquistam os dono do poder - o governo. 


Em ambas condições haverá vencedores e vencidos. Os vencedores sempre serão os que estão  alertas para as oportunidades. Todos e por toda a vida as oportunidades se apresentam.  Estar preparado e tirar proveito delas é a receita do sucesso. A  língua inglesa, na sua inigualável capacidade de definir sinteticamente situações, tem na  expressão  “ alertness” esse  estado de espírito.


A receita do sucesso, se assim pode se definir, é tirar o melhor partido das oportunidades, quer na política, nos negócios e mesmo no amor. Não há na vida desperdício maior do que as oportunidades perdidas. Os vencedores serão os que melhor proveito tiram das suas oportunidades. Uma vida é rica de oportunidades. Vivemos entre  um oceano de oportunidades e um deserto de mentes alertas. Estar alerta, alertness,   e não  deixar passar  as oportunidades é o que diferencia os vencedores dos vencidos. Esta é a receita do sucesso.


São Paulo, 25 de agosto de 2023.

Jorge Wilson Simeira Jacob



Por experiência própria e por observação , é na puberdade o período  da vida em que mais nos preocupamos com o nosso  futuro. Neste estágio, em que estamos balançando entre o que desejamos  ( vocação )  e o que acreditamos poder ser , nos domina o desejo de descobrir o caminho da nossa realização. É um momento de definições.  Até a voz nos trai. Ora sai grave outras aguda. 


Nesse período, os  sentimentos se sobrepõem à razão. As paixões nos dominam. Tudo está em transição. Os fatos da vida são  como cometas - surpreendentes, mas em trânsito . Nesta fase, o que fazer da vida é uma incógnita. É quase um tormento. Poucos  já têm definido uma profissão ou escolhido o ou a companheiro/a para a vida.


Uma constante é  o desejo comum de destacar-se de alguma forma. Todos temos dentro de nós a semente do ser bem sucedido, da superação. Por uma questão de sobrevivência, nascemos com equipamento para atrair as atenções. O   choro e mesmo espernear ganham  as atenções dos pais. Não nos passa despercebido o sermos idolatrados. Somos cultivados na família a ser o centro das atenções. Não por menos somos poços de vaidades.


O tempo trabalha contra nós. Não só corremos o risco de uma possível concorrência de um   irmão mais novo como vamos perdendo os  encantos infantis. Deixamos de ser novidade. O ápice da insegurança chega com a puberdade. Nem temos mais os encantos dos primeiros anos e nem temos realizações adultas a exibir. O desafio, para manter-nos alvos da admiração  está em decantar uma proposta de sucesso profissional.


 Antes, como bebês,  bastava um sorriso ou os primeiros passos; agora, como púberes, temos o vigor físico; e no futuro, como adultos, dependemos do sucesso profissional e ou social. O que leva os  mais preocupados a  tentar descobrir as razões do sucesso. Uns copiam os casos que mais os impressionam, quer seja pelos resultados econômicos ou pelas posições de prestígio e poder. Outros, os mais criativos, tentam decantar ideias novas. Evidentemente, nas escolhas, sempre haverá a influência da própria vocação. 


O ingrato da corrida pelo sucesso na vida, é o não existir uma receita pronta para fazer vencedores em um terreno em constante mudança.

 Ainda que se possa , em uma visão macro, fazer uma primeira escolha entre a  economia de mercado e a economia de comando. Na primeira, na economia de mercado,  o prêmio  é dos que conquistam os consumidores. Na outra, economia estatizada,  os premiados serão os que conquistam os dono do poder - o governo. 


Em ambas condições haverá vencedores e vencidos. Os vencedores sempre serão os que estão  alertas para as oportunidades. Todos e por toda a vida as oportunidades se apresentam.  Estar preparado e tirar proveito delas é a receita do sucesso. A  língua inglesa, na sua inigualável capacidade de definir sinteticamente situações, tem na  expressão  “ alertness” esse  estado de espírito.


A receita do sucesso, se assim pode se definir, é tirar o melhor partido das oportunidades, quer na política, nos negócios e mesmo no amor. Não há na vida desperdício maior do que as oportunidades perdidas. Os vencedores serão os que melhor proveito tiram das suas oportunidades. Uma vida é rica de oportunidades. Vivemos entre  um oceano de oportunidades e um deserto de mentes alertas. Estar alerta, alertness,   e não  deixar passar  as oportunidades é o que diferencia os vencedores dos vencidos. Esta é a receita do sucesso.


São Paulo, 25 de agosto de 2023.

Jorge Wilson Simeira Jacob