Homem comum
Posso estar enganado, mas todos os leitores frente a um novo livro procuram a última página para saber o tamanho do desafio. Pelo menos eu tenho este hábito . Livros com textos acima de trezentas páginas exigem uma boa motivação ( interesse ) para serem lidos. Já os pequemos tomos de menos de duzentas páginas são mais atraentes. Há os que acreditam que se o autor não foi capaz de transmitir a sua mensagem sinteticamente não o fará prolixamente. Uns, que gostam de textos prolixos , proustianos, — diga-se de passagem, uma minoria — deliciam-se nos grandes textos. Outros adoram grandes tomos ricos em figuras de linguagem e enredo .
Philip Roth, no seu sintético livro Homem Comum, ( Cia. das Letras, Amazon R$ 36,16 , Everyman no original ) nas suas 119 páginas conta com competência a pequena história do seu personagem na luta pela imortalidade. É um livro para leitores de pouco fôlego ou que queiram preencher um pequeno espaço de tempo. O autor satisfaz estes desejos muito bem.
Reconhecido como grande escritor, venceu o Prêmio Pulitzer por Pastoral Americana seu titulo premiado.Foi, em inúmeras vezes , colocado entre os mais lidos autores nos Estados Unidos. Este texto, de leitura leve, sem grandes elucubrações filosóficas merece ser lido. Ainda que dedicado a entender a vida, que é complexa, pode ser visto de um só gole. Não ha muito sobre o que pensar.
Philip Milton Roth foi um romancista norte-americano, considerado não apenas um dos mais importantes romancistas judeus de língua inglesa, mas também, segundo o crítico Harold Bloom, o maior contador de histórias americano depois de Faulkner.
Neste livro, o personagem principal, sem nome propositalmente,confrontava a sua fragilidade física com o saudável Howe, seu irmão. Profissionalmente bem sucedido em um agência de publicidade, ele não deixava de ter uma vida sexual paralela. Casou-se três vezes, além de outras aventuras extraconjugais, descritas com certa dose de moderado erotismo.
Este pequeno romance trata de temas centrais da existência humana tais como morte, velhice, desejos, arrependimentos e doenças. O autor conta a história do protagonista, através de suas doenças da infância à sua velhice, como um confronto permanente do homem com sua mortalidade só terminando com o triunfo da morte, ela que "avassala tudo" por onde passa.
São Paulo, 30 de abril de 2024.
Jorge Wilson Simeira Jacob
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