sábado, 26 de julho de 2025

 





O Futuro da Democracia Está em Jogo


Ao longo da história, a humanidade testou várias formas de governo. Já fomos governados por patriarcas, reis, generais, caudilhos e, mais recentemente, por representantes eleitos. A autoridade sempre se baseou em alguma fonte: hereditariedade, força, fé ou vontade popular. Mas nenhuma dessas formas resistiu incólume ao tempo — todas, em algum momento, falharam.


A república moderna se constrói sobre a promessa de que o poder emana do povo e se exerce por meio das leis. Diferencia-se da monarquia, onde a linhagem define o governante, e da ditadura, onde a força decide tudo. Na democracia, as regras importam mais do que os homens que as aplicam — o que a faz a forma de governo ideal.


No Brasil, experimentamos essas diferentes fases. Passamos pelas capitanias hereditárias, pela monarquia constitucional de Dom Pedro II — uma exceção de sobriedade institucional — e, depois, por uma república inicialmente elitista, que manipulava eleições e concentrava o poder em poucas mãos. Veio Vargas com seu populismo, seguido de uma ditadura militar (1964–1985), e então a redemocratização. Desde então, vivemos sob o regime democrático, mas ele também tem mostrado sinais de fadiga.


O filósofo italiano Norberto Bobbio, em O Futuro da Democracia, lembrou que o valor da democracia está em suas regras do jogo: é o único sistema que permite resolver conflitos sem violência. Mas mesmo esse sistema se enfraquece quando suas bases — o voto livre, a justiça imparcial, a transparência pública — são corrompidas.


Hoje, o maior risco à democracia talvez não venha de golpes militares ou autoritarismos explícitos, mas da erosão interna: populismo disfarçado de sensibilidade social, aparelhamento do Estado, corrupção institucionalizada, uso eleitoral da miséria e politização das decisões judiciais.


Democracias só sobrevivem quando defendidas ativamente. A apatia, o descrédito e a conivência são seus maiores inimigos. Se o governo do povo se transformar apenas em um instrumento para atender aos interesses de poucos — sejam eles políticos ou eleitores —, a própria ideia de democracia se torna vazia.


É hora de lembrar que democracia não é só votar. É também respeitar instituições, cumprir a lei e aceitar que governar não é agradar a todos, mas servir ao bem comum. Ou nos comprometemos com isso — ou perderemos até o direito de reclamar sua ausência.

São Paulo, 18 de julho de 2025.

Jorge Wilson Simeira Jacob 

Nota- Texto editado pela  inteligência artificial da OpenAI. 




sábado, 19 de julho de 2025

 Pisando nos calos do Trump


A reação do governo brasileiro às recentes pressões comerciais de Donald Trump revela mais emoção do que estratégia. É compreensível que medidas que afetam interesses nacionais provoquem indignação — mas não se pode perder de vista que se trata, antes de tudo, de negócios.


A história recente oferece um bom contraste. Diante do mesmo tipo de provocação por parte dos Estados Unidos, a China reagiu com firmeza, mas sem espalhafato. Silenciosa, resiliente e estratégica, respondeu ponto a ponto, sem perder a compostura nem cair na armadilha do confronto verbal. A lição foi clara: não se trata de bravatas, mas de resultados.


O Brasil, por temperamento ou cultura política, tende a reagir de forma imediata. A retórica toma o lugar da diplomacia e, muitas vezes, transforma disputas comerciais em ofensas pessoais. Isso enfraquece nossa posição em qualquer negociação — especialmente quando lidamos com um adversário volátil como Trump.


O ex-presidente norte-americano, cujo estilo é conhecido pela imprevisibilidade e pela truculência, tenta preservar o que resta da hegemonia americana. Seu alvo: o dólar. Sua motivação: o temor de ver os Estados Unidos perderem influência global em um mundo cada vez mais multipolar.


Não por acaso, a sugestão dos BRICS — sob liderança do Brasil — de criar uma moeda alternativa para o comércio internacional foi interpretada como um ataque direto. E Trump respondeu com o que sabe fazer: barulho e ameaça.


Nesse contexto, seria mais inteligente adotar uma postura fria, técnica e bem articulada. Em vez de confrontar de peito aberto, o Brasil deveria agir com discrição e estratégia, como bem resumiu David Li, diretor do Laboratório de Inovação Aberta de Shenzhen:


“Temos mais mil dias de Trump. Uma hora ele vai embora, e outro governo surgirá. Então poderemos negociar.”


A frase sintetiza o que nos falta: visão de longo prazo. Trump é transitório. A diplomacia — e os interesses nacionais — são permanentes.


O mundo tem muito a ganhar com a concorrência justa. E os Estados Unidos também, caso retomem o equilíbrio fiscal, respeitem as regras do comércio global e recuperem a confiança internacional.


Neste momento, o Brasil precisa mais de estratégia do que de retórica. O que está em jogo não é vencer o embate verbal — mas assegurar resultados comerciais consistentes. Em vez de esbravejar, é hora de agir com inteligência, não pisando nos calos do Trump.


São Paulo, 13 de julho de 2025.

Jorge Wilson Simeira Jacob


 Nota- Texto editado pela  inteligência artificial da OpenAI. 



sábado, 12 de julho de 2025

 





O perigo maior é subestimar o inimigo

Cumpri meu dever de servir à pátria durante dez meses no Exército, em uma época adequada à minha formação. Foi um período proveitoso, não apenas pelo aprendizado técnico e cívico, mas principalmente por despertar em mim a consciência da importância de um poder militar sólido — não só para proteger nosso território, mas também como pilar de defesa da Constituição.


Durante esse período, construí amizades duradouras, não só com colegas de farda, mas também com oficiais, inclusive o próprio comandante do batalhão. Esses laços se sustentaram por décadas, alicerçados por valores éticos e morais que compartilhamos.


Desde a infância, aprendi dos meus avós libaneses que a afinidade de pensamento facilita o convívio. Embora o contraditório seja saudável e até desejável, ele pode representar barreiras à construção de laços mais profundos. Por isso, acredito que, quando encontramos pessoas que pensam como nós, boas amizades tornam-se mais prováveis.


É nesse contexto que se insere minha amizade com o General Paulo Chagas. Temos visões convergentes sobre temas essenciais, entre eles a necessidade de Forças Armadas bem preparadas, com clareza de missão e comprometidas com os interesses do país.


Em suas manifestações públicas, o general expressa confiança no preparo e no profissionalismo das tropas brasileiras. Em recente publicação na rede X (antigo Twitter), intitulada “CADA PAÍS, UMA HISTÓRIA; CADA FORÇA ARMADA, UMA RAZÃO.”, ele escreveu:


“As Forças Armadas brasileiras têm histórico de sucesso na defesa da soberania nacional, na guerra, em missões de paz e na garantia da lei e da ordem, conforme previsto na Constituição.

Sua capacidade de dissuasão não reside na quantidade ou sofisticação tecnológica de seus equipamentos, mas sim no profissionalismo, na disciplina e na reconhecida competência de seus quadros e tropas.

São Forças que não se abaixam nem devem nada para ninguém, nem a quem, indevidamente, insiste em vê-las como instrumentos de intervenção política e de imposição ideológica.”


Essa visão é particularmente oportuna, considerando o contexto atual. Há uma série de fatores que exigem atenção e vigilância:


  • A guerra na Ucrânia expôs fragilidades do poder militar russo, antes considerado temido. Isso nos leva à reflexão: será que também superestimamos nossas capacidades?
  • O jornalista J.R. Guzzo, em artigo recente na revista Oeste (27 de junho de 2025), questionou a competência das Forças Armadas brasileiras — um alerta que, vindo de um formador de opinião respeitado, merece ser ouvido.
  • Ideias revisionistas sobre a Amazônia e sua possível internacionalização podem voltar à tona, especialmente diante do retorno de uma agenda expansionista nos Estados Unidos.
  • Nossas alianças diplomáticas com regimes como Cuba, Venezuela e entidades como o Hamas levantam dúvidas quanto à sua eficácia em caso de necessidade real de apoio militar ou estratégico.
  • O orçamento das Forças Armadas é outro sinal de alerta: cerca de 95% dos recursos são destinados a gastos com pessoal, sobrando apenas 5% para investimentos em modernização e armamento.
  • Os equipamentos das FA (em quantidade e qualidade) estão muito aquém das necessidades da soberania nacional e da competência dos seus quadros e da tropa. Uma constatação da maior gravidade.



A máxima atribuída a vários estrategistas — “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” — segue atual. É uma bênção vivermos sem conflitos armados, mas isso também nos priva de testes práticos que revelem, na prática, a verdadeira capacidade de defesa do país.


A confiança do General Paulo Chagas nas Forças Armadas é digna de respeito. Ele fala com conhecimento e equilíbrio. Ainda assim, é preciso estar atento: ignorar críticas, sobretudo as que tocam a soberania nacional, pode ser um erro grave.


Como escreveu o estrategista chinês Sun Tzu em A Arte da Guerra:


“Não há perigo maior do que subestimar o inimigo.”


Nota-Este texto foi revisado pela inteligência artificial da OpenAI. 



São Paulo, 01 de julho de 2025.

Jorge Wilson Simeira Jacob


sábado, 5 de julho de 2025

 




Valor e Preço: Uma Reflexão sobre Economia e Desempenho Profissional


Por que produtos ou serviços  têm preços diferentes? A resposta passa pela compreensão de um conceito fundamental da Escola Austríaca de Economia: o valor é subjetivo.


Segundo essa escola, o valor de um bem ou serviço não é fixo, mas depende das preferências individuais de quem o consome. O preço, por sua vez, é a expressão monetária desse valor, definido pela interação entre oferta e demanda no mercado.


Um exemplo  ilustra essa ideia: um copo d’água tem um valor completamente diferente para quem está à beira de uma fonte e para quem está perdido no deserto. O contexto e a necessidade alteram a percepção de valor.


No mundo do trabalho, embora o valor subjetivo trate das escolhas dos consumidores, há uma analogia possível: o desempenho individual afeta o valor que a empresa atribui a cada colaborador. Pessoas que entregam mais resultados costumam ser mais valorizadas.


Uma história simples ajuda a ilustrar essa diferença na prática:


A história de Manuel e Tião


Manuel e Tião trabalham no mesmo empório, na mesma função e com o mesmo tempo de casa. Certo dia, Manuel procurou o chefe, senhor José, para reclamar:

— Senhor José, o Tião e eu temos a mesma função, mas eu ganho metade do salário dele. Gostaria que o senhor corrigisse essa injustiça.


José ouviu com atenção e propôs uma tarefa antes de tomar qualquer decisão:


— Manuel, vá até o revendedor de batatas e veja se podemos fazer um pedido.


Manuel foi e voltou logo depois:


— Ele tem batatas.


— Quantas? — perguntou José.


— Vou lá perguntar.


E assim se sucederam outras idas e vindas: José queria saber o preço, o tipo das batatas, o prazo de entrega, as condições de pagamento… Para cada nova pergunta, Manuel precisava ir e voltar.


Ao final, José pediu que Tião fizesse o mesmo serviço.


Pouco tempo depois, Tião retornou com todas as respostas: quantidade, preço, condições de entrega e pagamento.


José então concluiu:


— Manuel, agora você entende por que o Tião ganha mais? Ele antecipa necessidades, traz soluções completas e economiza tempo para todos. Ele entrega valor.


A diferença entre agir e reagir


A diferença entre os dois funcionários está na proatividade e na capacidade de resolver problemas com autonomia. Enquanto um apenas cumpre ordens de forma literal, o outro pensa nos próximos passos, toma iniciativa e entrega soluções.


Uma equipe formada apenas por pessoas que executam tarefas mecanicamente dificilmente avança. Assim como uma composição ferroviária precisa de uma locomotiva para puxar os vagões, as empresas precisam de pessoas que liderem os processos, pensem adiante e movam os projetos.


Profissionais com esse perfil são naturalmente mais valorizados porque geram mais resultado.


O desafio da liderança


Para os líderes, o desafio vai além de fazer bem o próprio trabalho. Eles precisam garantir que toda a equipe também produza com qualidade e eficiência. Isso exige acompanhamento constante, desenvolvimento de pessoas e, muitas vezes, correção de rota.


Manter os “vagões em movimento” é um trabalho contínuo, que requer esforço, paciência e habilidades de gestão.


Além das fronteiras da empresa: a dependência de terceiros


Em um mercado cada vez mais interdependente, a pontualidade e a eficiência não podem ser apenas uma exigência interna. Fornecedores e parceiros externos também precisam cumprir prazos e entregar com qualidade.


Quando empresas privadas, mesmo buscando lucro, muitas vezes falham nesse quesito, o problema se agrava em organizações monopolistas, públicas ou privadas. Sem concorrência, a pressão por eficiência diminui e o nível de serviço frequentemente cai.


A ausência de competição costuma gerar acomodação, afetando a cadeia produtiva como um todo.


Conclusão


Seja em nível individual, empresarial ou nacional, valor é criado por quem faz as coisas acontecer. Sociedades que reconhecem, incentivam e recompensam o esforço e a competência tendem a prosperar mais.


Premiar a produtividade, a eficiência e a capacidade de resolver problemas não é apenas uma questão de justiça; é um fator essencial para o crescimento econômico sustentável.

Nota-Este texto foi revisado e teve sugestões da inteligência artificial da OpenAI. 


São Paulo, 24 de junho de 2025

Jorge Wilson Simeira Jacob